Thomas Tuchel não costuma jogar a toalha antes de uma competição e sempre busca motivar seus jogadores. Mas nem o confiante treinador parece crer em uma reviravolta no duelo entre Chelsea e Real Madrid, nas quartas de final da Liga dos Campeões, nesta terça-feira, após derrota por 3 a 1 em Londres.
“É improvável (virar a eliminatória), mas vale a pena tentar. E tentar significa que vamos jogar ao máximo e ao nosso limite. Será uma grande noite para nós”, afirmou o treinador, pouco antes do embarque para a Espanha. “É claro que não temos grandes chances por causa do resultado da primeira mão”, acrescentou, um tanto desanimado, Tuchel.
Atual campeão europeu e do mundo, o Chelsea de Tuchel se destaca pelo forte poder de marcação e não pelas vitórias com placar amplo. A imposição física tradicional não será possível por causa da enorme desvantagem no marcador da série.
“Nem sempre é fácil jogar um jogo físico. Somos uma equipe que precisa da ‘fisicalidade’, da parte aguda, do empenho e do investimento para ser especial”, avaliou. “Não conseguimos implementar isso na última partida. Dada a competição, o adversário e o estádio, será muito difícil, mas nunca administramos nossa entrada pelas chances que temos com o nosso resultado”, frisou, quase jogando a toalha.
O treinador do Chelsea sabe que terá de ser mais ousado na Espanha, ao mesmo tempo em que teme a velocidade e força do ataque do Real Madrid. Por isso, adota um discurso no qual evita dar esperanças ao torcedor com medo de desapontá-los. “É muito difícil de conseguirmos.”