SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A goleira Bárbara, titular da seleção feminina de futebol nas Olimpíadas de Tóquio, se envolveu em uma polêmica nas redes sociais. A atleta bateu boca com Andrea Pontes, da equipe paralímpica de canoagem, após uma publicação de que não gostou.
“Galera, uma sugestão, põe a Babi Arenhart, goleira do handebol, no lugar da Bárbara e está tudo resolvido, Brasil campeão!”, sugeriu Pontes na internet. Babi vem sendo elogiada por sua atuação nos jogos olímpicos, enquanto Bárbara recebeu críticas por causa de um gol tomado no jogo contra a Holanda.
Marcada na publicação, Bárbara respondeu. “Por que não vem você no meu lugar?”, escreveu. “Já já começa a sua competição, será que você tem competência para chegar a menos a conhecer? Tem competência de ir a quatro Paraolimpíadas? Porque cada um com suas limitações, né? Vai treinando aí que, assim como eu treino PKR, você vai precisar para tentar estar ao menos em uma Paraolimpíada.”
Pontes rebateu também de forma pública. “Se você não sabe, já fui a sexta melhor do mundo na minha categoria”, disse. “Não lembro de você ter sido a sexta melhor goleira do Brasil. Não estou na Olimpíada porque o programa olímpico cortou a categoria VL1 (que é a minha), então não fala bobagem sem saber!”
“Mas, enfim… Quer fazer um tiro de 200 m de velocidade comigo?”, sugeriu. “Você aguenta? ‘Cheinha’ como você está o arrasto do caíque vai ser grande! E, antes que eu esqueça, vai treinar para não tomar outro frango e afundar o Brasil de novo!”
Na sequência, a discussão passou para as mensagens privadas, mas Pontes acabou divulgando as imagens. Nelas, Bárbara fez xingamentos à atleta paraolímpica e questionou: “Acha que só porque é deficiente pode falar o que quer?”.
A discussão teve ampla repercussão nas redes sociais, onde a goleira foi criticada pela forma como se referiu à colega e também por não estar concentrada como deveria para o jogo contra o Canadá na sexta-feira (30). Já Pontes foi acusada de gordofobia por seus comentários.
O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) não se pronunciaram sobre o assunto. Antes da confusão, a técnica Pia Sundhage declarou que não era fã de mudar de goleira no meio de uma competição.