Ilusões Perdidas, adaptação de uma novela de Balzac, ganhou o César de melhor filme no prêmio de cinema francês na sexta-feira, 25, que transcorreu sem escândalos ou grandes protestos políticos, exceto pela denúncia da invasão da Ucrânia pela Rússia.
“Não vamos mudar o mundo, não somos os mais indicados para dar lições”, reconheceu o mestre de cerimônias, o ator e escritor Antoine de Caunes, no início da gala na sala Olympia, em Paris. “Esta noite pensamos nos ucranianos. Temos a sorte que eles não têm.”
Tratava-se antes de tudo de recuperar o público, diante da queda de audiência registrada no ano passado, quando somente 1,6 milhão de franceses assistiram à cerimônia.
O setor cinematográfico francês, apesar de seguir funcionando e lançando filmes, sofreu como o resto do mundo o fechamento de salas durante a pandemia, e uma queda substancial na bilheteria.
Ilusões Perdidas, de Xavier Giannoli, 49, superou estes obstáculos. Mais de 870 mil pessoas assistiram ao longa.
Como melhor diretor, a academia francesa premiou a Leo Carax, pela ópera-rock Annette. O César de melhor atriz foi para Valérie Lemercier, por uma pseudobiografia da cantora canadense Céline Dion. O de melhor ator ficou para Benoit Magimel, pelo seu papel de doente terminal em De Son Vivant. Uma atriz não profissional, Aissatou Diallo Sagna, ganhou o prêmio de melhor coadjuvante pelo papel de enfermeira em La Fracture.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.