SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A jornalista e apresentadora Adriana Araújo, 45, que em março se desligou da Record, agora processa a emissora e pede o reconhecimento de vínculos empregatícios. Ela também diz ter sido injustiçada no canal. Procurada, a Record não respondeu.
De acordo com documentos do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, duas reuniões já foram feitas entre as partes, mas um acordo ainda não foi realizado.
Adriana era contratada pelo regime de pessoa jurídica, ou seja, sem vínculo em carteira e direito a benefícios. Ela trabalhou na Record de 2006 a 2021. Foi apresentadora do Jornal da Record e correspondente em Nova York.
No processo, não está explícito um valor pedido pela jornalista. Mas ela diz não ter tido justiça em um processo grande de assinatura de carteira de trabalho promovido pela emissora.
Segundo o site Notícias da TV, o canal passou a alterar o contrato de alguns profissionais PJ para CLT, mas a apresentadora não foi uma delas e isso causou desconforto. Adriana usa o termo “discriminação” para esse fato.
Em sua justificativa, ainda segundo o site, o canal alega que Adriana sempre ganhou um alto salário e que era uma das estrelas da emissora.
Quatro ex-chefes da jornalista foram convocados para depor em favor da emissora no último dia 10 de agosto. Ainda não há prazo para o caso ser julgado.
Na época do desligamento, a Record informou que as partes decidiram não renovar o contrato em comum acordo. Adriana publicou uma longa carta agradecendo aos colegas, aos telespectadores, elogiou o colega de bancada de telejornal Celso Freitas e disse que trabalhar na emissora foi um aprendizado.
“Muito obrigada a cada um que assistiu, torceu, rezou, vibrou por mim. Vocês fizeram a jornada muito especial. E como escrevi na última frase da carta, levarei comigo o carinho e o respeito de vocês para sempre. Até breve”, postou na ocasião.