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Lazer e CulturaNo centenário de nascimento de Pasolini, confira alguns de seus filmes

No centenário de nascimento de Pasolini, confira alguns de seus filmes

No centenário de nascimento de Pasolini, confira alguns de seus filmes

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Comemora-se neste sábado, 5, o centenário de nascimento do cineasta italiano Pier Paolo Pasolini. Ele nasceu em Bolonha, em 5 de março de 1922. Cursou a universidade e foi jornalista de espetáculos numa publicação católica, Il Quotidiano.

Transferiu-se para Roma, atraído por uma estética da miséria que o levou a frequentar os bairros pobres de periferia. Retratou-os em poemas e romances – Ragazzi di Vita, Uma Vida Violenta.

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A opção pelo proletariado não era só política. Era também sexual. Seu conhecimento da periferia, do linguajar dos pobres, levou-o ao cinema, no qual realizou muitas obras-primas.Morreu assassinado em 2 de novembro de 1975. Conheça aqui alguns desses filmes.

Accatone – Desajuste Social (1961)

O longa de estreia de Pasolini. Ele chegou à mise-en-scène de cinema pela via da literatura e dos roteiros. O filme conta a história de um marginal romano que vive num clima de revolta e miséria. Franco Citti faz o papel – foi um dos atores icônicos de Pasolini, com Nineto Davoli e Laura Betti. O filme não se assemelha a nada do cinema italiano da época, 1961. É engajado, política e ideologicamente, buscando uma espécie de poesia rude na descrição do mundo popular. Veja na Mubi.

O Evangelho Segundo São Mateus (1964)

Pasolini já abordara a crucificação no episódio de Rogopag/Relações Humanas, de 1963. No ano seguinte, dividiu o prêmio especial do júri no Festival de Veneza com o Hamlet de Grigori Kozintsev. Michelangelo Antonioni venceu o Leão de Ouro, com Il Deserto Rosso. (Pasolini, que não gostara de A Noite, amou esse Antonioni e escreveu sua crítica. ‘Eu defendo o Deserto Vermelho’.) Intelectual marxista e cristianizado, ele se voltou para o Evangelho, buscando uma interpretação moderna dos textos santos. Filmou em Matera, com atores não profissionais, e até colocou sua mãe, Susana, como a Virgem Maria. Inspirou-se na corja fascista para os soldados de Herodes e nos refugiados para a composição de Maria e José. Mais de 50 anos depois, um grande diretor de teatro e cinema, Milo Rau, voltou a Matera e fez, com refugiados, outra belíssima versão da vida de Cristo, O Novo Evangelho. Disponível na Mubi.

Édipo Rei (1967)

Pasolini voltou ao Festival de Veneza em 1967, concorrendo com essa versão “mais ou menos africana” – segundo Antônio Moniz Vianna – da tragédia clássica, mas dessa vez, era o ano de A Bela da Tarde, o júri não lhe outorgou nada. O prólogo na Itália fascista e o epílogo, uns 30 anos depois, recheiam a história de Sófocles, mantida na Antiguidade. É um filme suntuoso, o mais psicanalítico de Pasolini. Hierática, belíssima, Silvana Mangano faz uma Jocasta gloriosa. No cardápio da Mubi.

Gaviões e Passarinhos (1966)

Mais do que em qualquer dos filmes anteriores, Pasolini rompeu com normas e regras narrativas com esse filme que não se assemelha a nenhum outro. Logo em seguida, veio o episódio A Terra Vista da Lua, de As Bruxas (do qual também faziam parte Mauro Bolognini, Vittorio De Sica, Franco Rossi e Luchino Visconti), que talvez seja sua obra-prima. Aqui, a fábula converte-se em cinema da poesia. Para quem entra no clima, o episódio de São Francisco, com Totò, e o corvo intelectual beira o sublime. Disponível no Belas Artes À La Carte.

Pasolini (2014)

Filme de Abel Ferrara, em que Willem Dafoe vive o cineasta italiano. Autor polêmico, Ferrara é o homem certo para reconstituir os últimos dias de Pasolini, que morreu misteriosamente assassinado e aqui é vivido com dignidade por Willem Dafoe. Um filme à altura do cineasta italiano. Disponível na Apple TV.

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