O Itaú Cultural retoma as apresentações presenciais de teatro com a peça inédita A Última Sessão de Freud, uma discussão intelectual sobre religião, cheia de sarcasmo. No elenco, destacam-se os atores Odilon Wagner e Claudio Fontana.
O texto escrito pelo autor americano Mark St. Germain, baseado no livro Deus em Questão, de Armand M. Nicholi Jr., contou com tradução de Clarisse Abujamra e ganhou a montagem brasileira dirigida por Elias Andreato.
Ambientada na Inglaterra de 1939, a história narra um encontro fictício entre dois grandes intelectuais que influenciaram o pensamento crítico no século 20: o psicanalista austríaco Sigmund Freud, interpretado por Wagner, e o escritor, poeta e crítico literário irlandês C.S. Lewis, personagem que coube a Fontana.
Em declaração enviada à imprensa, Wagner falou sobre a missão de dar vida a Freud nos palcos. “Para um ator, ter a oportunidade de representar um personagem tão intenso e profundo, que fez parte de nossa história recente, é um privilégio”, disse.
DUALIDADE
Freud, conhecido por ser um crítico implacável das religiões, e Lewis, um ex-ateu defensor da fé baseada na razão, travam um embate sobre razão e crença. O pai da psicanálise tenta entender como o escritor abandonou a verdade para defender uma mentira – de acordo com seu pensamento.
O debate, apresentado de forma bem-humorada e sarcástica no palco, também passa por outros temas que sempre fizeram parte da sociedade, como morte, sexo e as relações humanas.
O cenário e o figurino de A Última Sessão de Freud ficaram a cargo de Fábio Namatame. A trilha sonora da peça é assinada por Raphael Gama.
Estreia em 3/3. 5ª a sáb., 20h;
dom., 19h. Itaú Cultural.
Av. Paulista, 149, Bela Vista.
Gratuito (reservar ingressos em
www.itaucultural.org.br). Até 27/3.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.