Não conheço ninguém que espera, ansiosamente, pela chegada de agosto, ainda mais quando vem premiado com sexta 13. A maioria não vê a hora que o desgosto de agosto - desculpa o trocadilho infame - passe em um estalar de dedos, mas isso não acontece porque o infeliz conta com 31 azarados dias.
Dizem que é o mês do cachorro louco, poderia até ser porque cachorro é um sujeito alegre, simpático e repleto de loucuras fofas. Mas agosto está mais para o mês das bruxas soltas, dos urubus rodando e das vacas irem para o brejo. Dos males, o menor é ouvir gado mugir mito.
O melhor a se fazer é deixar a gosto de Deus, quem sabe uma interferência divina não minimiza o mau agouro de agosto. Dá-lhe sal grosso, espada de São Jorge, ferradura com sete furos, reza braba e vacina também.
Precisamos mesmo de muita proteção porque, se pensar bem, estamos em agosto desde antes do coronavírus se espalhar para todos os cantos. Óbvio que a pandemia só intensificou a má sorte. O que resta é acredita que o trigésimo primeiro dia está chegando e depois o sol volta a brilhar - sabe-se lá quando será, mas a esperança ainda continua viva.
