Um adolescente de 12 anos foi vítima de agressões e bullying dentro da Escola Estadual Carolina Mendes Thame, no bairro Perdizes, em Piracicaba. O caso aconteceu em 14 de outubro e foi registrado em boletim de ocorrência pela mãe do estudante, que recebeu um vídeo mostrando o filho sendo agredido em sala de aula.
Segundo o registro policial, a mãe contou que o menino, Miguel, havia mudado de escola há cerca de oito meses. Ele nunca havia relatado as agressões físicas e verbais, mas frequentemente dizia não querer mais ir às aulas. A responsável afirmou que sempre leva e busca o filho na escola e só descobriu o que estava acontecendo após receber o vídeo.
Dias antes, ela havia sido chamada à escola porque o filho estava molhado, e uma aluna foi suspensa por 15 dias por ter jogado água nele. À época, a mãe não associou o fato a um possível caso de bullying.
O filho contou que era agredido por colegas desde que chegou à escola. Ele relatou que os alunos marcavam de bater nele, cuspiram em seu caderno e chegaram a ameaçar quebrar o celular. Parte das ofensas tinha tom de humilhação social, com estudantes dizendo que ele era “boyzinho” por ter um telefone mais caro e mandando ele “não chorar pra mamãe nem pro diretor”.
Nas redes sociais, as ofensas continuaram. O garoto recebia figurinhas que zombavam de sua aparência e comentários ofensivos sobre sua mãe, que era alvo de comentários machistas.
A mãe afirmou que procurou a direção da escola, mas o diretor alegou desconhecer as agressões e só tomou conhecimento após ver o vídeo. A única medida apresentada pela escola foi a troca de sala de aula, sem punição direta aos agressores.
No dia 16 de outubro, a mãe levou o caso à Secretaria de Educação e apresentou as imagens. O adolescente foi transferido para a Escola Estadual Adolfo Carvalho, mas, segundo o boletim, segue recebendo ameaças dos ex-colegas.
Os alunos identificados como autores das agressões, que aparecem no vídeo, que aparecem no vídeo. O caso segue em apuração pela Polícia Civil e pela Diretoria de Ensino de Piracicaba.
O que diz a Seduc?
Em nota, a Seduc-SP (secretaria da Educação do Estado de São Paulo) informou que a direção da Escola Estadual Carolina Mendes Thame adotou todas as providências assim que tomou conhecimento do ocorrido. Segundo a pasta, os responsáveis pelos estudantes envolvidos foram convocados e orientados sobre a conduta dos alunos, e um boletim de ocorrência foi registrado. O Conselho Tutelar também foi notificado.
A pedido da mãe, o aluno agredido foi transferido para outra unidade, e um profissional do programa Psicólogos nas Escolas fará o acompanhamento de Miguel e da equipe escolar.
A equipe regional do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar acompanha o caso e informou que vai intensificar as ações de conscientização sobre a cultura de paz na unidade.
Por fim, a Unidade Regional de Ensino de Piracicaba e a escola declararam repudiar qualquer forma de violência ou bullying, dentro ou fora do ambiente escolar, e afirmaram permanecer à disposição dos responsáveis.
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