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PiracicabaCotidianoEscola cívico-militar: quatro colégios da região de Piracicaba adotarão modelo; veja locais 

Escola cívico-militar: quatro colégios da região de Piracicaba adotarão modelo; veja locais 

Mudança começa no 2º semestre e terá militares na área disciplinar e educadores no ensino

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Quatro escolas da região de Piracicaba passarão a funcionar no modelo cívico-militar a partir do 2º semestre deste ano. A decisão faz parte de um programa do governo estadual que combina a atuação de militares, responsáveis pela disciplina, e de profissionais da educação, encarregados do conteúdo pedagógico.

O modelo chegou a ser suspenso em agosto de 2024 pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), após ação movida pela Apeoesp (Sindicato dos Professores da Rede Estadual). No entanto, a decisão foi revertida em novembro de 2024 por Gilmar Mendes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).

A lista oficial foi divulgada nesta segunda-feira (28) pela Seduc-SP (Secretaria da Educação do Estado de São Paulo) e será publicada no DOE (Diário Oficial do Estado) de terça-feira (29).

Escolas da região que adotarão o modelo cívico-militar

CidadeEscola EstadualEndereço
PIRACICABAEdson RontaniRua Olívia Antonicella Zanin, s/n, Resid. Altos do Piracicaba
PIRACICABAProf. Abigail de Azevedo GrilloAv. Dr. João Teodoro, 1.485, Vila Rezende
LIMEIRAIrmã Maria Gertrudes Cardoso RebelloRua João Lopes, 80, Parque Nossa Senhora das Dores
NOVA ODESSAProfa. Silvania Aparecida SantosRua Irineu José Bordon, s/n, Residencial Santa Luiza II

Como foram as consultas públicas

As consultas públicas foram realizadas para que toda a comunidade escolar pudesse opinar na implementação do programa. Tiveram direito a voto:

  • Mãe, pai ou responsável pelos alunos menores de 16 anos de idade;
  • Estudantes a partir de 16 anos de idade, ou seus familiares, em caso de abstenção de alunos dessa faixa etária. Não é possível o voto do estudante mais o voto do responsável nesse caso;
  • Professores e outros profissionais da equipe escolar.

O processo de consulta pública havia sido suspenso em agosto do ano passado, após determinação do TJ-SP (Tribunal da Justiça do Estado de São Paulo), mas foi retomado no último mês de março.

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A votação a favor do modelo cívico-militar foi contabilizada quando a escola alcançou o quórum mínimo (50% + um) e registrou, pelo menos, 50% + um dos votos válidos. Cada voto foi computado apenas uma vez. Ou seja, as unidades que tiverem segunda e terceira rodadas só puderam contar com os votos de quem não votou na rodada anterior.

No total, foram computados mais de 106 mil votos da comunidade escolar em todo o estado de SP, dos quais 87% foram a favor da implantação do programa, de acordo com a Seduc.

Na primeira votação, em março, 70 unidades optaram a favor da adesão. Na segunda rodada, em abril, 35 escolas se juntaram à lista inicial. Na terceira, e última, mais 27 votaram pela escolha do modelo. Ao fim, 132 comunidades aprovaram a implantação, quatro reprovaram e 166 não atingiram quórum mínimo nas três rodadas da consulta pública.

Seleção final

Como o número foi superior à meta de 100 escolas previstas para 2025, a Seduc-SP adotou critérios de seleção. Entre eles:

  • Existência de pelo menos uma escola por município,
  • IPVS (Índice Paulista de Vulnerabilidade Social),
  • Resultado no IDESP (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo).

O programa será implantado em unidades de 89 municípios paulistas, quatro deles na região de Piracicaba.

Como vão funcionar as escolas cívico-militares

O programa de escolas cívico-militares, criado a partir de uma lei sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), mistura a presença de militares e de profissionais da educação nas escolas estaduais. O projeto estabelece que a Seduc-SP será responsável pelo currículo pedagógico das unidades, pela seleção de monitores e pela formação dos professores.

Caberá à secretaria da Segurança Pública apoiar a secretaria da Educação no processo seletivo e emitir declarações com informações sobre o comportamento e sobre processos criminais ou administrativos, concluídos ou não, em que os candidatos a atuar como monitores nessas unidades de ensino possam estar envolvidos.

A SSP também vai participar do desenvolvimento de atividades extracurriculares na modalidade cívico-militares, organização e segurança escolar. O processo seletivo dos policiais da reserva — será ao menos um por escola — caberá à Educação e deverá ter início após as consultas públicas. No caso de escolas municipais, a Segurança Pública deve colaborar com as prefeituras e a seleção ficará a critério das secretarias municipais.

O investimento nas escolas cívico-militares será o mesmo já previsto nas unidades regulares, conforme o governo de SP. O gasto com a contratação dos monitores, já considerando a expectativa de 100 escolas cívico-militares, será de R$ 7,2 milhões.

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Laura Nardi
Laura Nardi
Repórter Web no ACidade ON Campinas. Graduada em Jornalismo pela PUC-Campinas, tem passagem pelos portais Tudo EP e Jornal de Valinhos. Adentrou no Grupo EP em 2023 e atua nos conteúdos digitais, enfaticamente com a parte textual.

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