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CotidianoForça-tarefa começa a retirar peixes mortos no Rio Piracicaba

Força-tarefa começa a retirar peixes mortos no Rio Piracicaba

Crime ambiental aconteceu no último domingo (7). Usina responsável pelo despejo de material orgânico irregular na água poderá pagar multa de até R$ 50 milhões

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Pescadores, policiais militares ambientais e técnicos da Prefeitura de Piracicaba voltaram nesta quinta-feira (11) ao rio Piracicaba para retirar todos os peixes mortos após a contaminação das águas do manancial por uma usina de produção de cana de açúcar e álcool, no último domingo (7). Segundo a Prefeitura, foram recolhidos 2,9 toneladas de animais mortos. De acordo com o analista em meio ambiente, Antonio Fernando Bruni Lucas, pode demorar até 9 anos para a recuperação da população de peixesque foi perdida.

Segundo a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), as mortes ocorreram após despejo irregular de material orgânico pela Usina São José, em Rio das Pedras. Pelo crime ambiental, é prevista multa no valor de até R$ 50 milhões aos responsáveis.

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O nível de oxigênio na água, na segunda-feira (8), chegou a zero, impossibilitando qualquer possibilidade de sobrevivência dos peixes. Nesta quarta-feira (10), o índice foi considerado normal.

O mutirão faz parte de uma das ações tomadas pela Prefeitura e a Cetesb. O MP (Ministério Público) está apurando o caso e a prefeitura de Rio das Pedras também foi acionada pelo município.

Confira como foi feita a ação abaixo:

Como aconteceu o despejo irregular no Rio Piracicaba?

A mortandade, segundo relatório preliminar da Cetesb, foi provocada pelo despejo irregular de resíduos orgânicos industriais da usina diretamente no Ribeirão Tijuco Preto, que desagua no Rio Piracicaba.

A substância atingiu área de 42 quilômetros de extensão, entre o local do lançamento no ribeirão até o leito do Rio Piracicaba, na região da Rua do Porto. O flagrante dos peixes mortos foi notado no domingo.

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De acordo com a companhia, o material orgânico despejado no rio foi um resíduo da produção da empresa, que serviu de alimento para as bactérias presentes no manancial. Quando essas bactérias se alimentaram dessa substância, parte do oxigênio da água foi ‘puxado’ por elas. Com isso, os peixes ficaram sem oxigênio e acabam morrendo. A Cetesb também vai investigar se a usina fez o despejo de forma intencional.

O derramamento foi cessado, mas a companhia alerta a população para evitar contato direto com a água do rio Piracicaba.

Recuperação da população de peixes pode durar até 9 anos

A Prefeitura de Piracicaba junto com a Cetesb vai exigir aos responsáveis o repovoamento dos animais no rio. Porém, a recuperação da população de peixes no manancial após a mortandade registrada nos últimos dias pode demorar até nove anos para acontecer, o que equivale a três gerações de animais. A estimativa foi feita pelo analista ambiental, Antonio Fernando Bruni Lucas.

“Perdemos uma população. Essa população iria contribuir com a reprodução deste ano. E uma nova população para chegar depende de pelo menos três anos para se tornar fértil, adulta. Para a recomposição do estoque, a gente calcula mais ou menos em torno de três gerações, ou seja, de 7 a 9 anos, dependendo das espécies”, explicou.

*Com informações de Edijan Del Santo/EPTV Piracicaba

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Laura Nardi
Laura Nardi
Assistente de Mídias Digitais no ACidade ON Campinas. Graduanda em Jornalismo pela PUC-Campinas, tem passagem pelos portais Tudo EP e Jornal de Valinhos. Adentrou no Grupo EP em 2023 e atua nos conteúdos digitais, enfaticamente com a parte textual.
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