Um funcionário de uma empresa terceirizada da categoria de base da Inter de Limeira é acusado de abusar sexualmente de um adolescente dentro do alojamento no Jardim Esmeralda, em Limeira. O caso foi registrado na madrugada desta quarta-feira (23), após denúncia do pai da vítima.
Segundo o boletim de ocorrência, o menino, de 13 anos, relatou que estava dormindo no sofá do alojamento, durante a madrugada, enquanto o suspeito, de 38 anos, dormia em outro quarto. Em determinado momento, ele sentiu uma mão sobre sua barriga e viu que era o funcionário, que seria um coordenador de avaliação. Em seguida, o homem colocou a mão dentro do shorts dele, na região genital do garoto.
A vítima relatou que tirou a mão do homem, mas ele insistiu no ato, até que o adolescente pegou o telefone celular e foi para o banheiro da casa, de onde acionou o pai.
A polícia foi até o alojamento e abordou o funcionário. O suspeito negou o ocorrido, alegando que, ao chegar no local, conversou brevemente com o garoto e foi para o quarto, onde dormiu até ser acordado pelos policiais.
O caso foi registrado como estupro de vulnerável no Plantão da Delegacia Seccional de Limeira e será investigado pela Polícia Civil.
O que diz a Inter de Limeira
Em nota, a Associação Atlética Internacional afirmou que todas as categorias de base são geridas por uma empresa terceirizada, logo não caberia à Internacional “qualquer ingerência sobre suas operações internas, tampouco sobre os profissionais a ela vinculados”.
A instituição ainda afirma que não participa da administração, assim como da estrutura organizacional da empresa parceira, não possuindo qualquer relação com os profissionais por ela contratados ou com as ações por ela praticadas.
“Importa frisar, igualmente, que o clube não mantém alojamentos ou estruturas de hospedagem destinadas a menores de idade, tampouco possui conhecimento da existência de quaisquer instalações nesse sentido. No exercício de suas responsabilidades institucionais e contratuais, a Diretoria e os Diretores da Base da Internacional sempre fiscalizam as atividades conduzidas pela empresa parceira, pautando-se pelas diretrizes desportivas, pela ética e, sobretudo, pelo respeito incondicional às crianças e adolescentes”, continua o texto.
A associação também informou que todas as medidas legais cabíveis serão adotadas para a apuração de eventuais responsabilidades, com seriedade, dentro dos limites da lei e no estrito cumprimento de suas atribuições.
“Por fim, manifestamos repúdio incondicional a qualquer forma de violência ou violação de direitos, sobretudo quando contra crianças e adolescentes, reafirmando seu compromisso com a proteção integral dos menores e com a promoção da segurança e do bem-estar de todos os atletas em processo de formação desportiva. A instituição permanece à inteira disposição das autoridades competentes e da família envolvida, oferecendo total apoio para colaborar com as investigações”, conclui.
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