Com o apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), a Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) inaugurará um novo espaço internacional de estudos em Piracicaba, em parceria com o INRAe (Institute National de Recherche pour l’agriculture, l’alimentation et l’environnement), da França. Este novo projeto terá foco em pesquisas avançadas nas áreas de agricultura, alimentos e ciências ambientais, com ênfase em questões planetárias urgentes.
A formalização do acordo ocorreu no dia 9 de janeiro, na França, com a assinatura de uma Carta de Intenções que selou a colaboração entre as duas instituições. O objetivo da iniciativa é desenvolver soluções inovadoras para os desafios ambientais e climáticos globais, por meio de um Centro Internacional de Pesquisa em Agricultura, Alimentos e Ciências Ambientais.
A cerimônia contou com a presença do reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, do presidente da Fapesp, Marco Antonio Zago, do vice-presidente internacional do INRAe, Jean-François Soussana, e outras autoridades acadêmicas. Durante o evento, o reitor da USP destacou a importância da parceria com o INRAe, ressaltando que o instituto francês é um dos maiores financiadores de pesquisas agrícolas da França.
“O instituto francês é um dos principais financiadores de pesquisas na área de agricultura na França. Sediado em Piracicaba, [o centro] possibilitará o desenvolvimento de estudos de ponta com a Esalq, que hoje é a principal colaboradora do INRAe no Brasil”, afirmou o reitor.
O que esperar do novo espaço de pesquisa da USP?
O novo centro contará com a participação de outras unidades da USP além da Esalq, como o Centro de Energia Nuclear em Agricultura (Cena), a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ), a Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA), além de outras faculdades voltadas à área de alimentos, como a Faculdade de Saúde Pública (FSP) e a Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF).
O professor Fernando Cônsoli, da Esalq, responsável pela coordenação da parceria, explicou que o centro terá como foco a criação de sistemas agrícolas, alimentares e ambientais resilientes, essenciais para promover a saúde planetária. Ele ressaltou que o projeto buscará integrar diferentes áreas do conhecimento para mitigar os riscos ambientais e garantir a produção de alimentos nutritivos e funcionais, fundamentais para a saúde e segurança alimentar.
“Este novo centro atuará no desenvolvimento de sistemas agrícolas, de alimentos e ambientais resilientes para que possamos atuar em prol da saúde planetária, o que vem a ser um ambicioso ramo da ciência dedicado a entender processos em múltiplos e as suas relações com as mudanças climáticas a fim de colaborar com a geração de um planeta saudável, fatores que contribuem para a existência e o bem-estar das diferentes formas de vida”
enfatizou o professor.
A diretora da Esalq, Thaís Vieira, informou que, no primeiro semestre de 2025, serão realizadas reuniões para definir o escopo do projeto, as linhas de pesquisa e o cronograma de investimentos. As atividades do centro têm previsão para início no segundo semestre deste ano, com o apoio da Fapesp.
“Nesse momento inicial iremos trabalhar com o escopo do projeto, plano de bolsas, linhas de pesquisa a serem desenvolvidas. Apresentaremos, ainda, um cronograma para indicar à Fapesp os recursos financeiros que teremos que investir no centro para iniciarmos as atividades no segundo semestre”, finalizou a dirigente.
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