A Polícia Civil de Piracicaba apura denúncias contra um pastor de uma igreja da cidade, suspeito de ter assediado duas adolescentes que frequentavam a comunidade religiosa. As vítimas relatam beijos e toques em partes de seus corpos sem consentimento. As ocorrências foram registradas na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) e envolvem uma menina de 13 anos e outra de 17.
Ocorrência durante ensaio na igreja
A mãe da adolescente de 13 anos foi quem procurou a polícia. Ela contou que, no dia 5 de abril, a filha estava na igreja participando de um ensaio teatral. Em determinado momento, a jovem se sentou em um canto da igreja, com a cabeça baixa e aparência triste.
Foi então que, segundo o relato, o pastor se aproximou, perguntou o que estava acontecendo e a convidou para conversar em uma sala reservada, o gabinete pastoral. Ela contou que estava desanimada e pensava em deixar a igreja. O pastor, então, disse que esse tipo de sentimento era normal e começou a abraçá-la e a beijá-la no rosto, de acordo com o boletim de ocorrência.
Ainda conforme o boletim, ele virou o rosto da jovem em sua direção e beijou sua boca. A adolescente disse que precisava retornar ao ensaio e os dois deixaram o local.
Durante o ensaio, o pastor teria se sentado ao lado da jovem e pedido seu número de telefone. A adolescente respondeu que seu contato estava disponível no grupo da igreja do WhatsApp.
Ao visualizar a foto de perfil dela no aplicativo de mensagens, ele teria comentado: “nossa, você criancinha, que bonitinha”. Em seguida, o encontro terminou e todos foram embora.
O caso foi registrado como estupro de vulnerável.
Segundo caso envolveu carona após vigília
O segundo relato foi feito pela avó de uma adolescente de 17 anos, também frequentadora da igreja. Segundo o boletim de ocorrência, a jovem decidiu contar o que passou após saber que outra vítima havia procurado a polícia.
Ela contou à avó que, também no dia 5 de abril, após participar de uma vigília religiosa, aceitou uma carona do mesmo pastor. Segundo o relato, o pastor estacionou o carro em uma área pouco iluminada, nas proximidades da Rua da Colônia, e teria feito gestos de intimidade indesejada, como tocar suas pernas e tentar se aproximar do rosto dela de maneira invasiva, além de passar a língua em seu rosto.
O boletim de ocorrência deste caso foi registrado como não criminal.
Investigação em andamento
A EPTV procurou a Polícia Civil de Piracicaba para obter mais informações sobre o andamento das investigações, mas até o momento os detalhes não foram divulgados.
*Com informações da EPTV Campinas
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