Piracicaba registrou 1.174 acidentes com escorpiões entre janeiro e outubro de 2025, segundo levantamento da Vigilância Epidemiológica Municipal. A média é de três casos por dia. Apesar do número alto, não houve nenhuma morte provocada pelas picadas neste ano.
A região Norte da cidade lidera o ranking, com 320 ocorrências, seguida da Oeste (288), Sul (246), Leste (132), Rural (106) e Centro (77). Em cinco casos, não foi possível identificar a região do acidente.
No ano passado, Piracicaba foi a cidade com o maior número de acidentes com animais peçonhentos de todo o estado de São Paulo, segundo dados da secretaria Estadual da Saúde.
Por causa das altas, muitos acabam optando por criar galinhas para tentar controlar o problema. Mas, segundo Regina Lex Engel, bióloga do Centro de Controle de Zoonoses, a medida não é tão eficaz quanto se imagina.
“As galinhas comem, sim, escorpiões, mas elas têm um período de atividade diferente da atividade do escorpião. Elas são diurnas e os escorpiões, noturnos”,
explica.
“Por conta disso, elas não conseguem realizar um controle de ambiente”, completa.
Como se prevenir
A bióloga alerta que a principal forma de entrada dos escorpiões nas residências é pela rede de esgoto. Por isso, algumas medidas simples podem ajudar na prevenção:
- Mantenha os ralos dos banheiros e áreas de serviço sempre fechados;
- Evite acúmulo de entulho e lixo, que servem de abrigo para os animais;
- Vede frestas em paredes, portas e janelas;
- Use barreiras físicas, como telas e tampas, em locais por onde eles possam entrar.
O que está sendo feito
De acordo com a bióloga, o município realiza ações educativas e orientações às pessoas que notificam casos de escorpiões, além de monitoramento nas regiões com maior incidência.
A secretaria também reforça que, ao encontrar o animal, o morador deve acionar o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses).
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