A Polícia Civil prendeu nesta segunda-feira (22) 23 suspeitos de envolvimento com receptação de caminhões roubados e comércio de peças ilegais em Iracemápolis. Um grande desmanche foi encontrado na cidade depois da apreensão de um caminhão na Rodovia Anhanguera (SP-330).
A prisão foi realizada pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Americana, que já vinha investigando casos de roubos de veículos na região, principalmente envolvendo caminhões.
Como foi localizado o desmanche com mais de 50 caminhões
Ontem (22), os policiais receberam a informação de que um caminhão-trator, que havia sido roubado em janeiro do ano passado, estava trafegando na Anhanguera, transportando areia. As placas do veículo estavam adulteradas.
Ao irem até o local para abordar o motorista, ele relatou que trabalhava para uma empresa em Iracemápolis e que o seu patrão estava na posse do veículo há cerca de um mês.
As equipes foram até a empresa, localizada em um galpão na Avenida Laura Bueno Mirando, no 2º Distrito Industrial de Iracemápolis, onde funciona um desmanche de caminhões. O espaço, que não tinha alvará e licenças obrigatórias, segundo a DIG, estava interditado pelo Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito) e, por isso, não podia funcionar.
A polícia encontrou mais de 50 veículos no local, a maioria de grande porte, sob suposta manutenção. Também foram localizadas com mais de 90 placas automotivas sem procedência, pinos marcadores de chassis, além de documentações para emplacamento de caminhões.
“Tudo sem nota fiscal, sem nenhum controle de tributos, de livros (…) Tudo isso para que ele [o dono] pegasse o veículo que era produto de crime e, com o auxílio dos funcionários realizasse uma transformação para então reinseri-lo no mercado”, explicou o delegado da DIG de Americana, Filipe Rodrigues de Carvalho.
Ainda havia no local uma bomba de abastecimento de diesel, em pleno funcionamento, em péssimas condições de segurança, ao lado de uma fiação elétrica. Mais adiante, uma espécie de lava-rápido, onde diversos resíduos entre óleo e demais solventes eram despejados diretamente no esgoto doméstico, sem qualquer caixa de contenção, demonstrando nítido potencial poluidor.
Dono já tem passagens pela polícia
Ao ser indagado pelos agentes, o dono do local, que já tinha passagens pela polícia por receptação, apresentou a documentação do caminhão-trator. Porém, disse que o veículo havia sido transferido para um funcionário dele, que informou que nem sabia que o caminhão estava em seu nome, ainda conforme o delegado.
O proprietário e 22 funcionários que estavam trabalhando na empresa foram detidos e trazidos para a DIG de Americana, onde prestaram depoimento e logo depois foram encaminhados para a Cadeia Pública de Sumaré.
*Com informações de Júnia Vasconcelos/EPTV Campinas
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