Um policial militar de 52 anos é suspeito de cometer atos obscenos dentro de um ônibus, na noite de sábado (11), em Limeira. O caso aconteceu na altura do km 151,6 da Rodovia Anhanguera (SP-330) e foi flagrado por uma passageira, que gravou o momento e acionou o motorista do coletivo.
De acordo com o boletim de ocorrência, a mulher percebeu que o homem, sentado do outro lado do corredor, se comportava de forma suspeita, manipulando seu órgão genital à vista dela. Assustada, ela gravou parte da cena com o celular e comunicou o motorista, que parou o veículo em uma base operacional da via para acionar a polícia.
As partes foram encaminhadas ao Plantão Policial da Delegacia de Limeira, onde o caso foi registrado.
Policial negou o crime e alegou desconforto
Na delegacia, o suspeito negou ter cometido o ato obsceno e afirmou que os movimentos foram consequência de um “desconforto físico” causado por um procedimento cirúrgico recente.
Um capitão da Polícia Militar compareceu ao local e informou que o registro será usado também para apuração disciplinar interna. O vídeo gravado pela vítima foi solicitado para análise.
Por se tratar de uma infração de menor potencial ofensivo, o policial foi liberado após ser ouvido e se comprometeu a comparecer ao Juizado Especial Criminal.
Em nota enviada à EPTV, a defesa do policial militar afirmou que não houve ato obsceno que a ação foi mal interpretada. Veja:
“O Policial Militar afirma que não realizou o ato obsceno.
No dia em questão retornava da realização de operação delegada na cidade de São Paulo.
É paciente oncológico em remissão a mais de 10 anos onde já realizou 3 cirurgias para extração de tumores na região abdominal e pélvica, em uma destas cirurgias teve removido partes de tecido mole da região incluindo um dos testículos.
Das cirurgias restaram muitas cicatrizes que possuem muita aderência, o local é muito sensível e sofre com dores crônicas constantes.
Em declaração a equipe jurídica do Escritório Canhadas Advocacia o Policial informou que já havia saído do serviço com fortes dores, fez uso de analgésicos para tentativa de melhora, e a ação de pressionar o local da cirurgia é um procedimento que gera resultado.
O Policial também faz uso de medicamentos para o tratamento de sindrome do pânico e depressão que lhe acometeu ao descobrir o câncer a mais de 10 anos, e desde então faz acompanhamento no NAPS/CAPS, tais medicamentos quando tomados (uso diário 3x ao dia) causa ao paciente uma certa letargia o que pode ter sido o motivo da não percepção de pessoas próximas quando o mesmo colocava pressão sobre a área operada para retirada do tumor onde se encontrava com fortes dores.
Do mais o plantão do PPJM que são os olhos da promotoria do TJM na corporação não vislumbrou Crime Militar ao Policial, as ações administrativos na Polícia Militar serão realizadas, a equipe jurídica não teve acesso às imagens in-natura e não pôde fazer juízo de valores sobre o filmado.
Até onde conseguimos apurar e dentro do relato que o Policial nos passou não houve o ato obsceno, e sim a interpretação de um gesto comum de pressionar o local dolorido como se obsceno fosse.
Apontamos também que se fosse confirmado a exposição do órgão genital no momento da apresentação da ocorrência a qualificação do crime seria outra (atentado violento ao pudor)”.
*Com informações da EPTV Campinas
LEIA TAMBÉM NO ACIDADE ON PIRACICABA
Campanha Nacional de Multivacinação em Piracicaba terá Dia D; veja quando