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CotidianoUsina responsável pela morte de peixes no Rio Piracicaba pode ser multada em até R$ 50 mi

Usina responsável pela morte de peixes no Rio Piracicaba pode ser multada em até R$ 50 mi

Anúncio foi feito pela Cetesb hoje; Prefeitura também anunciou medidas para evitar novos crimes ambientais no rio

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A Prefeitura de Piracicaba e a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) anunciaram na tarde desta quarta-feira (10) que a Usina (de cana-de-açúcar) São José, de Rio das Pedras, poderá ser multada em até R$ 50 milhões.

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De acordo com a companhia, a usina é a responsável pelo crime ambiental de despejo irregular, que ocasionou na mortandade de centenas de peixes do rio da cidade no último domingo.

O anúncio da multa foi feito em uma coletiva de imprensa hoje, três dias depois do ocorrido.

De acordo com a Cetesb, a usina teria lançado material orgânico no Ribeirão Tijuco Preto, que desagua no Rio Piracicaba, ocasionando o desastre ambiental.

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Imagens captadas no domingo (7) mostram milhares de peixes mortos, e outros agonizando. A companhia deve concluir o processo administrativo até a próxima terça-feira (16). A Eptv entrou em contato com a usina, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Retomada do rio

Com a chuva e o aumento no volume do rio, o oxigênio voltou e já foi possível ver peixes vivos nas águas hoje. “É uma melhoria contínua em termos de oxigênio na água. Partimos de 2 miligramas por litro, mas já chegamos próximo a cinco, o que é – para uma situação que estamos vivenciando – uma situação muito boa”, afirma o diretor de controle da Cetesb, Adriano Queiroz.

Segundo o prefeito Luciano Almeida, medidas serão feitas para evitar novas ocorrências. Vamos propor a instalação de mais três pontos de monitoramento, no Rio Jaguari, no Rio Atibaia e no Córrego do Tijuco Preto”, afirmou.

Recorrente

A mortandade de peixes virou cena recorrente no Rio Piracicaba há muitos anos. A Eptv registrou a morte de milhares de animais em janeiro de 2024, mas crimes ambientais também aconteceram em 2022, 2019 e 2018.

Há dez anos, em 2014, um dos casos mais graves gerou a morte de mais de 20 toneladas de peixes, que ficaram espalhados em 33 quilômetros ao longo do rio. Na época, a Cetesb encontrou detergente no esgoto doméstico, e a situação ficou ainda pior com uma forte estiagem.

De acordo com o analista em meio ambiente, Antonio Fernando Bruni Lucas, crimes ambientais podem causar impactos ainda mais severos em todo o ecossistema do rio.

Sobre a ocorrência, de domingo, ele afirmou: “perdemos uma população. Essa população iria contribuir com a reprodução deste ano. E uma nova população para chegar depende de pelo menos três anos para se tornar fértil, adulta. Para a recomposição do estoque, a gente calcula mais ou menos em torno de três gerações, ou seja, de 7 a 9 anos, dependendo das espécies”.

Com informações de Wesley Justino

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Raquel Valli
Raquel Valli
Formada em jornalismo pela PUC-Campinas em 1999, tem experiência como repórter, redatora, editora-assistente, produtora, informante e assessora de imprensa. Trabalhou para EPTV, CBN, Correio Popular, Oficina do Estudante e Prefeitura de Campinas. Foi homenageada pela Câmara Municipal com o Diploma de Mérito Jornalístico “Bráulio Mendes Nogueira “pelos relevantes serviços prestados à cidade”. É coach pela SBC e apaixonada por animais. Atualmente, é repórter no a cidade on Campinas.
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