A Polícia Federal está investigando a partida de futebol entre o Inter de Limeira e Patrocinense, pela sexta rodada da Série D do Campeonato Brasileiro, por suspeita de manipulação de resultados.
O jogo aconteceu em 1° de junho e o time mineiro perdeu por 3×0 para a equipe paulista ainda nos primeiros 45 minutos. Segundo a apuração da operação batizada de “Jogo Limpo”, que foi deflagrada nesta quarta-feira (26), há indícios de que apostadores sabiam que o primeiro tempo acabaria com o Patrocinense perdendo por ao menos dois gols de diferença.
Os alvos incluíam jogadores, empresários e o técnico que comandava o Patrocinense no dia 1º de junho. Há, também, buscas na sede do time em Patrocínio.
Na época da partida, a gestão do futebol do time mineiro era realizada pela empresa Air Golden, do empresário Anderson Ibrahim. A parceria entre o clube e a empresa foi desfeita um dia depois do jogo.
Eles são investigados pelos crimes contra a incerteza do resultado esportivo. As condutas são tipificadas na Lei Geral do Esporte, e, caso sejam condenados, as penas variam de dois a seis anos de reclusão.
Por que teve investigação?
Segundo a PF, as investigações começaram a partir de ofício da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). A Confederação enviou um relatório da empresa Sportradar, que reportou uma movimentação das casas de apostas que indicou que os apostadores detinham conhecimento prévio de que a equipe visitante da partida perderia o primeiro tempo da partida por ao menos dois gols.
Segundo a empresa, 99% da tentativa da rotatividade no mercado de “totais de gols do primeiro tempo” nesta partida foi para este resultado. Durante a partida, a equipe visitante sofreu três gols ainda no primeiro tempo, sendo um deles contra.
De acordo com a investigação, uma empresa que agencia jogadores teria firmado parceria com um dos clubes e vários atletas agenciados por ela foram contratados. A investigação apura a influência destes jogadores no resultado da partida.
“Trata-se, em tese, dos crimes contra a incerteza do resultado esportivo, que encontram as condutas tipificadas na Lei Geral do Esporte, com penas de dois a seis anos de reclusão”, diz nota publicada pela PF.
O que diz a Inter de Limeira
A Inter de Limeira se manifestou nesta quarta-feira sobre a operação da Polícia Federal. A nota publicada nas redes sociais esclarece que a apuração não envolve os jogadores ou membros da comissão técnica do clube.
“A Associação Atlética Internacional repudia de forma veemente qualquer prática de manipulação de resultados e apostas fraudulentas no futebol. Colocamo-nos integralmente à disposição dos órgãos de controle e da Polícia Federal para colaborar com as investigações e prestar todos os esclarecimentos necessários. A Internacional de Limeira espera que todas as questões sejam devidamente apuradas e esclarecidas, reforçando nosso compromisso com a transparência e a lisura no esporte.”
O que diz a Patrocinense
Também nesta quarta, a Patrocinense se manifestou sobre o caso. Na nota oficial, o clube informou que atendeu a todas as demandas solicitadas pelos agentes da Polícia Federal, no intuito de contribuir com as investigações. Mas reforçou que nenhum integrante da atual diretoria, da comissão técnica e atleta que pertence ao atual elenco possui qualquer envolvimento com o processo da PF.
“O Clube Atlético Patrocinense informa a todos que nenhum integrante da atual diretoria, da comissão técnica atual e nenhum atleta pertencente ao atual elenco do clube possui qualquer envolvimento com a investigação da Polícia Federal, tendo todos seus vínculos profissionais preservados junto à nossa instituição.
Prontamente a nossa instituição atendeu a todas as demandas solicitadas pelos agentes da Polícia Federal, no intuito de contribuir com as investigações”.
Com informações da EPTV Campinas/Piracicaba
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