RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – No mesmo dia em que é alvo de protestos no país, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou de evento no Rio de Janeiro. Na manhã deste sábado (19), Bolsonaro esteve em uma cerimônia realizada pela Marinha do Brasil na Escola Naval, na região central da capital fluminense.
Bolsonaro não discursou no evento, realizado ao ar livre, nem deu entrevista à imprensa.
Durante a cerimônia, aspirantes a oficiais prestaram juramento à bandeira nacional para incorporação à Marinha. Um grupo de 170 jovens brasileiros, além de sete estrangeiros, recebeu o chamado espadim, uma pequena espada que é símbolo dos aspirantes.
Neste sábado, opositores a Bolsonaro convocaram uma série de protestos espalhados pelo país, inclusive no Rio. Na capital fluminense, a saída da manifestação foi marcada para o monumento Zumbi dos Palmares, também na região central, a cerca de cinco quilômetros do local do evento com o presidente.
As manifestações pedem o impeachment de Bolsonaro e cobram mais vacinas contra a Covid-19 (o número de mortes por coronavírus se aproximou de 500 mil no Brasil). O movimento é um novo capítulo dos protestos contra o governo que ocorreram em 29 de maio.
Ao chegar à Escola Naval e cumprimentar parte do público presente na cerimônia deste sábado, o presidente, com máscara, chegou a ouvir alguns gritos de “mito”. Na sequência, passou em frente ao espaço reservado para a imprensa e fez um coração com as mãos para os fotógrafos, cinegrafistas e repórteres.
A cerimônia teve a presença de outros integrantes do governo federal. Entre eles, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, e o ministro da Defesa, Walter Braga Netto.
Na sexta-feira (18), Bolsonaro participou de evento que teve clima de campanha eleitoral em Marabá, no Pará. Ao longo do encontro, que contou com a presença do pastor Silas Malafaia, houve gritos de “Lula, ladrão”. Bolsonaro entregou 50 mil títulos fundiários no evento.
Na cidade da região Norte, o presidente também recebeu camisetas de presente. Em uma das peças, que ele levantou para o público, havia a frase “É melhor Jair se acostumando, Bolsonaro 2022”.