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PolíticaBolsonaro usa conflito na Ucrânia para defender mineração em terras indígenas

Bolsonaro usa conflito na Ucrânia para defender mineração em terras indígenas

Bolsonaro usa conflito na Ucrânia para defender mineração em terras indígenas

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O presidente Jair Bolsonaro foi às redes nesta quarta-feira, 2, cobrar a aprovação de projeto de lei que libera a mineração em terras indígenas como forma de superar a dependência brasileira da Rússia no acesso a fertilizantes agrícolas. O chefe do Executivo tem citado a dificuldade de acesso ao potássio – matéria-prima de fertilizantes – como justificativa para não condenar o presidente russo pela invasão à Ucrânia.

Além de fazer um aceno a Vladimir Putin, o mandatário também usa o conflito para pressionar o Congresso a aprovar o projeto de lei 191/2020, alvo de protestos de ambientalistas. Apresentado em fevereiro de 2020, o texto “regulamenta o parágrafo 1º do art. 176 e o parágrafo 3º do art. 231 da Constituição para estabelecer as condições específicas para a realização da pesquisa e da lavra de recursos minerais e hidrocarbonetos e para o aproveitamento de recursos hídricos para geração de energia elétrica em terras indígenas”.

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Bolsonaro publicou vídeo de uma fala sua de 2016 na Câmara dos Deputados. Na ocasião, ele defendeu que o País flexibilizasse normas ambientais para permitir a exploração de potássio em reservas indígenas. Segundo o presidente, esta seria uma saída para depender menos da Rússia.

“Com a guerra Rússia/Ucrânia, hoje corremos o risco da falta do potássio ou aumento do seu preço. Nossa segurança alimentar e agronegócio (Economia) exigem de nós, Executivo e Legislativo, medidas que nos permitam a não dependência externa de algo que temos em abundância”, publicou o presidente.

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), um dos filhos do chefe do Planalto, fez um comentário na publicação para reforçar o argumento do pai: “o que farão os deputados e senadores diante de mais esse problema que pode e deve ser resolvido?”.

No último domingo, dia 27, o presidente disse que governo manterá neutralidade no conflito da Ucrânia. Um de seus argumentos é que adotar um posicionamento poderia trazer consequências negativas ao País, dada a sua dependência por produtos russos, como o potássio. Bolsonaro também criticou as sanções americanas e europeias ao país de Vladimir Putin e afirmou que o Brasil não as seguirá.

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