TÓQUIO, JAPÃO (FOLHAPRESS) – A campanha Fora, Bolsonaro, fórum que reúne as organizações que encabeçam os atos pelo impeachment de Jair Bolsonaro, marcou para 7 de setembro nova mobilização nacional contra o presidente. A última manifestação aconteceu em 24 de julho.
Em 7 de setembro, a ideia é a de unir forças com a marcha anual do Grito dos Excluídos. O ato acontece tradicionalmente em paralelo aos desfiles cívico-militares do feriado e está na 27ª edição.
O calendário inclui duas datas anteriores de manifestações em 11 e 18 de agosto. O jornal Folha de S.Paulo mostrou em reportagem que conversas iniciais da campanha apontavam para a necessidade de um intervalo maior entre os atos nacionais para evitar possível esvaziamento.
Em 11 de agosto, uma quarta-feira, a campanha apoiará atos pelo Dia do Estudante, liderados por associações estudantis como a UNE. Na semana seguinte, as centrais sindicais comandarão mobilização em todos os estados por pautas críticas ao governo federal.
Nessa data, 18 de agosto, o foco deve ser a oposição à reforma administrativa, além crítica à precarização dos serviços públicos, à privatização de estatais essenciais e ao desemprego, e pedido de providências quanto ao aumento geral dos preços e da fome.
As principais pautas da campanha Fora, Bolsonaro são a saída do presidente, aceleração da vacinação, auxílio emergencial de R$ 600 e fim da violência policial.
A campanha é capitaneada pelas frentes Povo Sem Medo, a Brasil Popular e a Coalizão Negra por Direitos, que reúnem centenas de entidades do chamado campo progressista. Também participam PT, PCdoB e PSOL.
“A continuidade das mobilizações de ruas pelo Fora, Bolsonaro é um imperativo diante dos crimes cometidos pelo presidente da República”, diz Raimundo Bomfim, coordenador da CMP (Central de Movimentos Populares) e um dos líderes das marchas.
“A gente está em um momento em que o Bolsonaro, cada vez mais acuado, aposta em saídas golpistas. A live de ontem [quinta-feira] mostrou categoricamente que as provas que Bolsonaro dizia ter sobre fraudas não existiam, são simplesmente argumentos golpistas. É um momento em que ele vive queda na aprovação também”, diz Josué Rocha, liderança da frente Povo Sem Medo.
“As datas são importantes porque se prestam à continuidade da luta. É o momento de a campanha e continuar nas ruas”, completa.