BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Na convenção do PSDB em que foi anunciada a nova cúpula do partido, nesta sexta-feira (31), o governador João Doria (PSDB-SP) foi diplomático com a velha guarda tucana, fez discurso com semelhanças aos do presidente Jair Bolsonaro (PSL), acenou a siglas de centro e voltou suas críticas ao PT.
Padrinho do novo presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo (PE), subiu em um banquinho para discursar, ficando mais alto que os demais no palco. Araújo substitui o ex-governador Geraldo Alckmin (SP), derrotado nas últimas eleições presidenciais.
Sua fala foi marcada por reiterados momentos em que defendeu políticas públicas, a defesa dos mais pobres e da diversidade de gênero, raça e credo, na linha do discurso levantado por Alckmin. Os dois já foram muito próximos, mas se afastaram.
Mesmo assim, Doria acenou os mais antigos do partido em que está desde 2001.
“As raízes devem ser mantidas. Não precisamos apagar nossa história. É isso que o povo espera do PSDB, que respeite sua história, mas que também seja protagonista de sua história. Não é preciso apagar a história nem negar a história, mas se queremos fazer a história será com os jovens, com as mulheres, os desvalidos, aqueles que precisam de políticas públicas”, afirmou Doria.
“Geraldo Alckmin passa o bastão nesta corrida, que é a corrida pelo Brasil melhor, ao Bruno Araújo, com os mesmos bons princípios que Geraldo Alckmin teve à frente do PSDB. É a continuidade na inovação e na transformação”, disse o governador tucano.
Doria fez aceno aos partidos de centro. Cumprimentou nominalmente o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente nacional do MDB, Romero Jucá (RR), além de fazer menção aos representantes de PL (ex-PR), Cidadania, PP e PRB.
Ao citar os cerca de 13 milhões de desempregados, voltou seus ataques ao PT.
“O PSDB só tem uma bandeira, que é verde e amarela, não é vermelha”, afirmou, num momento em que se aproximou do tom adotado por Bolsonaro.
Mais adiante, Doria adotou um tom mais nacional em sua fala.
“Sou brasileiro e amo a minha pátria. Amo São Paulo, mas, antes de amar São Paulo, amo meu país.”
Pedindo que o público não perdesse a esperança e acreditasse no Brasil, defendeu a democracia.
“O PSDB não tem medo do voto. O PSDB vota e acredita na democracia. Por isso acredito no Brasil, no novo PSDB, sem desvincular do PSDB ao qual estou filiado dede 2001”, declarou.
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Em convenção do PSDB, Doria acena a partidos de centro e velha guarda tucana
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