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PolíticaMajor bolsonarista preso por campanha nas redes pede liberdade ao STM

Major bolsonarista preso por campanha nas redes pede liberdade ao STM

Major bolsonarista preso por campanha nas redes pede liberdade ao STM

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A defesa do major João Paulo da Costa Araújo Neves, de 41 anos, preso por desobedecer a recomendação do Exército que proíbe manifestações político-partidárias, entrou um habeas corpus no Superior Tribunal Militar (STM) para tentar colocá-lo em liberdade.

O oficial do 2º Batalhão de Engenharia de Construção (2º BEC), em Teresina, foi preso preventivamente no último dia 5 por ignorar alertas dos superiores e continuar a usar os perfis no Facebook, Instagram e Twitter como plataformas eleitorais. Ele se apresenta como pré-candidato a deputado federal e apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Os advogados dizem que a prisão é “abusiva” e impede o major de “exercer seus direitos políticos”. A defesa também nega que as publicações tenham violado diretrizes para a atividade político-partidária dos militares.

“O ano de 2022 é ano eleitoral e o referido apresenta-se como pré-candidato ao cargo de deputado federal e não está filiado a nenhum partido político”, diz um trecho do HC. Os militares da ativa só podem pedir a filiação após o período das convenções partidárias, desde que não estejam mais exercendo suas funções.

Antes de ser preso, o major costumava manifestar apoio ao presidente, além de divulgar e participar de eventos políticos, incluindo ato promovido pelo bolsonarismo em 7 de setembro de 2021.

Há ainda publicações a favor da gestão da pandemia. do perdão concedido ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ). do golpe militar de 1964 e do “voto auditável”. Ele também chegou a chamar o ministro Alexandre de Moraes, um dos principais alvos da militância bolsonarista no Supremo Tribunal Federal (STF), de “cabeça de ovo” e a criticar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ao manter a prisão do major, após audiência de custódia, o juiz Rodolfo Menezes, da 10.ª Circunscrição Judiciária Militar, disse que “hierarquia e disciplina estão extremamente abaladas”. O magistrado também negou a menagem – o direito de ficar solto dentro do quartel – mesmo após o Ministério Público Militar concordar com a flexibilização da detenção.

“Convém salientar que o Maj Costa Araújo, embora exaustivamente orientado para se abster da realização de atividades de cunho político partidárias, incluindo postagens e vídeos nas redes sociais, preferiu não cumprir a recomendação emanada pela Procuradoria de Justiça Militar no Ceará, nem a ordem expressa do superior hierárquico”, escreveu o juiz.

O habeas corpus do major foi distribuído ao gabinete do ministro Francisco Joseli Parente Camelo e deve ser julgado até a próxima semana.

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