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PolíticaManifesto que lembra carta de 1977 vê mobilização popular como "antídoto"

Manifesto que lembra carta de 1977 vê mobilização popular como “antídoto”

Manifesto que lembra carta de 1977 vê mobilização popular como ‘antídoto’

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Articuladores da nova carta pela democracia publicam um manifesto nesta segunda-feira, 8, para homenagear a Carta aos Brasileiros, documento de 1977 que defendia a volta do Estado Democrático de Direito em plena ditadura militar e que completa 45 anos nesta data. O texto também convida para participação no ato de quinta-feira na Faculdade de Direito da USP, onde será lida uma nova versão em defesa do respeito à democracia e às eleições.

‘A mobilização popular será o antídoto eficaz para evitar eventual investida contra o resultado da eleição, independentemente de quem seja o vencedor’, diz a trecho da ‘carta de 22’.

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Diante da proximidade com o processo eleitoral, seus autores destacam o caráter apartidário do documento. ‘Se a democracia estiver novamente em perigo, estaremos juntos na defesa do valor maior.’

Constituição

Procurador-Geral do Ministério Público de Contas de São Paulo, Thiago Pinheiro Lima ressalta que outro objetivo do documento é reafirmar os valores estabelecidos pela Constituição de 1988. A carta defende a igualdade de oportunidades, o respeito à diversidade, à democracia racial e à liberdade religiosa, entre outros valores.

O diretor da Faculdade de Direito da USP, Celso Fernandes Campilongo, lembra que a Carta aos Brasileiros, de 1977, foi precedida por anos marcados por mortes de opositores ao regime militar.

Ele avalia que o documento serviu como catalisador de anseios contra o autoritarismo. ‘Ao longo dos últimos anos, tivemos uma série de manifestações acuando a democracia’, afirma.

Segundo Campilongo, a nova carta mudou o foco do debate público. ‘Agora substituímos por uma pauta de defesa dela.’

Redigida por professores da faculdade, a Carta aos Brasileiros foi lida pelo jurista Gofredo da Silva Telles Junior para duas mil pessoas no Largo de São Francisco em 8 de agosto de 1977.

Alguns dos articulados da nova versão estavam presentes naquele ato. Antonio Roque Citadini, conselheiro do Tribunal de Contas de São Paulo, é um deles e agora assina a ‘carta de 22’.

Ele diz que uma das motivações foi homenagear aquele gesto, um marco na luta pela volta da democracia no País. ‘Somos a geração que estava em 1977. Conversamos e decidimos que era preciso lembrar aquela data e reafirmar os valores daquela carta.’ As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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