BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O deputado Osmar Terra disse que não há gabinete paralelo. Ele alegou que o presidente Jair Bolsonaro escuta todas as pessoas e sempre defendeu as vacinas nos encontros.
“Essa relação que tenho com o presidente é de amizade, assim como ele tem com muitos outros deputados. Quando, de vez em quando, o presidente me pergunta alguma coisa, eu falo.”
Ele disse que não se lembra quando conversou a primeira vez sobre a pandemia com o presidente Bolsonaro. Ele acredita ser no início de fevereiro.
“Sempre que tive a oportunidade de falar com o presidente, eu defendi a vacina. Quando ele assina a MP de R$ 20 bilhões para a compra de vacinas, ele me dá a caneta de tanto que falei de vacina.”
INFLUÊNCIA SOBRE BOLSONARO
Apontado como um dos integrantes do gabinete paralelo, o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) afirmou que tem influência zero sobre o presidente Jair Bolsonaro.
“Influência, eu diria que zero [sobre o presidente]. Eu conversei mais com o [ex-ministro Eduardo] Pazuello”, afirmou ao ser questionado pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL).
Terra evitou dar detalhes sobre suas conversas com o presidente a respeito da pandemia. Disse apenas que conversava sobre muitos assuntos com Bolsonaro.
“Sei lá. Eu, uma vez por mês, uma vez a cada 15 dias em alguns momentos [me encontro com Bolsonaro]. São encontros esporádicos que um Deputado pode ter e tem a obrigação de ter”, afirmou.
“Então, voltando a falar, eu falei sobre muitos assuntos com o presidente e outros assuntos que não têm nada a ver com a pandemia também. Sempre falo quando eu posso. Agora, especificamente desse caso, se ia ter nova cepa, eu não me lembro se eu falei disso”, completou.
Em outro momento, foi novamente questionado se orientou o presidente a respeito da imunidade de rebanho ou outras questões relativas à pandemia.
“O presidente fala o que ele quer falar, ele fala do jeito que ele entende. Eu não tenho poder sobre o presidente de ‘o senhor vai falar isso, var falar aqui’. Isso não existe. Se eu tivesse esse poder, eu era o presidente, e ele era deputado. Não tem cabimento uma coisa dessas, querer imputar um poder sobrenatural para as pessoas. Ele ouve todo mundo, como todo mundo”, disse.