O Tribunal Regional Federal da 3ª Região – que tem jurisdição em São Paulo e em Mato Grosso do Sul – informou nesta sexta-feira, 1º, ter identificado qual foi o tipo do ataque hacker que a corte sofreu na quarta, 30, e definido estratégias para investigar a invasão e restabelecer seus sistemas. A Polícia Federal apura o caso.
Em comunicado, o Tribunal destacou que sua presidente, a desembargadora Marisa Santos, ampliou a suspensão dos prazos de processos físicos e eletrônicos até o dia 12 de abril. Considerando os feriados da Semana Santa, o retorno da contagem dos prazos processuais se dará só partir do dia 18.
Informações iniciais indicam que o ataque hacker não comprometeu a base de dados do tribunal. A corte tem acesso a seus arquivos mas não pode liberar a utilização do sistema até que sejam completados os procedimentos de segurança.
Segundo a corte, ainda não há previsão quanto ao restabelecimento dos serviços e, até lá, ferramentas como a emissão de certidões e a consulta aos processos seguem indisponíveis.
Em portarias assinadas nesta sexta, 1º, a presidente do TRF3 também mantém a suspensão do atendimento ao público externo, além da autorização para realização do trabalho não presencial .
A corte federal regional e as Seções Judiciárias de São Paulo e Mato Grosso do Sul permanecem em regime de Plantão Judiciário, para analise de pedidos, ações, procedimentos e medidas de urgência.
Precatórios
O presidente do Conselho Nacional de Justiça, ministro Luiz Fux, atendeu pedido de Marisa para que seja prorrogado o prazo do Tribunal para a transmissão de ordens de pagamento de precatórios ao Conselho da Justiça Federal.
A decisão de Fux, que será remetida ao colegiado, prorroga o prazo que terminaria no dia 2 de abril por quatro dias, a partir do restabelecimento dos sistemas necessários à transmissão dos precatórios.