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PolíticaSTJ manda Ministério da Justiça informar Lula sobre acordo da Lava Jato com EUA

STJ manda Ministério da Justiça informar Lula sobre acordo da Lava Jato com EUA

STJ manda Ministério da Justiça informar Lula sobre acordo da Lava Jato com EUA

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A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve nesta quarta-feira, 9, a ordem para o Ministério da Justiça informar ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se registrou algum acordo de cooperação internacional da Operação Lava Jato com autoridades dos Estados Unidos.

O colegiado confirmou uma decisão liminar do ministro Sérgio Kukina, relator do pedido apresentado por Lula, que ainda em agosto de 2020 determinou a prestação das informações. Ele viu ‘legitimidade’ no interesse do petista em obter dados relevantes para sua estratégia de defesa.

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“Se é que a autoridade central chegou a promover a intermediação de atos de cooperação. Se não os promoveu, ela haverá de dizer que não intermediou porque não recebeu nenhuma solicitação”, afirmou o ministro-relator.

Em seu voto, o ministro Herman Benjamin defendeu que os atos administrativos devem ser regidos pelo princípio da publicidade.

“O que está em jogo aqui é o direito de se saber algo que todos têm direito”, disse.

Os advogados do ex-presidente também reivindicavam, no caso da existência de um acordo, acesso aos documentos relacionados, o que foi negado pelos ministros.

Antes de acionar o STJ, a defesa de Lula dirigiu o pedido de informações ao próprio Ministério da Justiça, que se recusou a compartilhar informações sobre eventual cooperação formal da Lava Jato com autoridades norte-americanas. As parcerias são registradas no Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI).

Antes de votação, o advogado Cristiano Zanin disse que o objetivo é ‘constituir acervo probatório lícito’. A defesa suspeita que os procuradores da Lava Jato tenham recebido auxílio informal do FBI, sem seguir o procedimento padrão de cooperação.

“Diante da notícia da utilização de documentos, na Operação Lava Jato, em investigações relacionadas ao impetrante que teriam sido coletadas em cooperação internacional com autoridades norte-americanas, o que se buscava saber é se essas informações ou se esses documentos foram coletados na forma prevista no Decreto 3.810/2020, que é o acordo bilateral firmado entre o Brasil e os Estados Unidos”, afirmou Zanin no julgamento.

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