
Leia não precisava ser feminista, pois já sentia-se, agia e era vista como igual pelo sexo oposto
Naquela década de 1980, eu estava acostumada a assistir mocinhas chorosas e frágeis no cinema e o máximo de "girl power" a que tinha acesso na dramaturgia era a Mulher Maravilha da TV fortona, heroína, mas derretida por seu sargento Rogers e com um uniforme de maiô decotado e botas de cano alto (alguém aí já viu algum super-herói masculino mostrando a bunda?).A princesa Leia era REVOLUCIONÁRIA total! Como assim uma heroína guerreira vestida até o pescoço, que nunca chorava ou pulava no primeiro colo masculino ante uma ameaça?Leia não precisava ser feminista, pois já sentia-se, agia e era vista como igual pelo sexo oposto.E o que foi aquela despedida dela de seu apaixonado Han Solo, prestes a ser congelado em carbonita e talvez morrer no processo!?! ... Nenhuma gota de lágrima, nenhum lamento... E aquele "Eu Te Amo" ... originalíssimo... sem a trilha sonora melosa de fundo ou o manjado beijo cenográfico!
