O Instituto Adolfo Lutz e o Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde identificaram que a variante P.4 do novo coronavírus já circulava desde o início do ano no estado de São Paulo, mas como P.1, a variante batizada de Gamma.
Após uma reanalise dos sequenciamentos genéticos do novo coronavírus, foi possível descobrir que nova variante está presente em aproximadamente 20% das amostras analisadas desde o mês de janeiro em todas as regiões do estado.
A reanálise foi motivada por uma nova classificação genética feita pela comunidade cientifica nacional e internacional. Esse procedimento ocorre à medida em que se conhece mais sobre o agente infeccioso durante a evolução da doença.
Na região de Ribeirão
A P.1 a linhagem que surgiu no Amazonas, ainda continua sendo predominante em todo o estado. Na região de Ribeirão Preto, por exemplo, ela está presente em 86,11% das amostras coletas de pacientes diagnosticados com a covid-19. Já a P.4 aparece em 5,56% das amostras.
A P.4 apresenta características diferentes em seu material genético, mas não necessariamente implica em maior risco de infecção ou de casos graves da Covid-19, explica o médico-diretor da Fiocruz, Rodrigo Stabeli.
“Não é uma mutação que pode levar a um rápido espalhamento da linhagem, mas devemos lembrar que todo estado está em alta transmissão e é importante manter as medidas coletivas e individuais e não aglomerar”, conclui.
No mundo existem centenas de variantes do novo coronavírus e apenas quatro delas são consideradas de atenção devido à possibilidade de aumento de transmissibilidade ou gravidade da infecção. São elas: Gamma (P.1), B.1.1.7 (Alpha), B.1.351 (Beta) e B.1.617.2 (Delta).
