O Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, referência no atendimento a pacientes com a covid-19 em toda a região, continua em estado de alerta.
Os 78 leitos de UTIs para adultos, disponíveis nas unidades campus e centro todos estão ocupados.
A situação é crítica há pelo menos dois meses, quando os casos graves da doença começaram a prevalecer nos atendimentos.
A médica intensivista e chefe da UTI Covid do HC, Maria Auxiliadora Martins, acredita que a alta demanda é por causa da nova variante P.1, descoberta originalmente em Manaus.
Um estudo feito pela Fiocruz, aponta que a cepa é responsável por 80% das infecções na região de Ribeirão. (clique aqui)
“Em média os pacientes em estado grave com a covid-19 ficam internados na UTI entre duas e três semanas, porque é uma doença grave. O motivo da internação é devido a insuficiência respiratória e comprometimento do pulmão e o tratamento costuma ser mais demorado. É raro o paciente que sai em uma semana”, disse Maria.
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Perfil dos internados
A chefe da UTI Covid-19 do HC de Ribeirão, também afirma que o perfil dos internados mudou em relação ao ano passado.
Cerca de 70% dos pacientes tem menos 50 anos de idade. Alguns deles sem comorbidades – doenças consideradas de risco para a covid-19.
“Eu tenho uma paciente de vinte e pouco anos, que está há cerca de 40 dias na UTI. O que era uma exceção em 2020, esse ano tá sendo a maioria. Imagino que as variantes do coronavírus são mais agressivas e prolongam o quadro inflamatório nos pacientes”, explica.
Enfermarias
De acordo com o portal, que faz o monitoramento das vagas nos hospitais públicos e privados de Ribeirão, as enfermarias do Hospital das Clinicas estão em uma situação mais controlada.
Das 44 vagas, 29 estão com pacientes.
A taxa de ocupação é de 65,91%.
Os dados são referentes a atualização feita no início da tarde deste domingo (16).