O Polo Covid da avenida Treze de Maio, criado inicialmente para atender casos leves da covid-19, ganhou novas funções no início deste ano e tem acumulado pacientes à espera de internações apropriadas. Só nesta sexta-feira (19), 63 pessoas aguardavam na lista.
Todas elas estão contaminadas, com sintomas mais críticos da infecção, e passaram a receber tratamentos complementares enquanto um leito de isolamento não é desocupado. A intenção do município é tentar suprir o déficit de atendimentos especializados.
Em coletiva de imprensa, Sandro Scarpelini, secretário da Saúde de Ribeirão Preto, assumiu que mortes já foram registradas antes que as transferências finalmente acontecessem – algumas delas, no entanto, ocorreram por conta da procura tardia por assistência médica.
“Desde o começo da pandemia nós tivemos óbitos dentro do Polo, mas precisamos entender que os pacientes já chegam em estado crítico e acabam falecendo, assim como tem pacientes que tem outras doenças e a própria família entende que manobras avançadas não seriam suficientes”, explica.
Ainda assim, a fila extensa de espera revela a situação grave que as UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) da cidade têm vivido. Às 19h30 de hoje, horário de publicação desta matéria, 95,11% das alas capacitadas para atender casos severos do novo coronavírus estavam cheias.
O Hospital das Clínicas e Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas, que são referencias no tratamento da doença, além do Hospital São Paulo, Hospital da Unimed, Ribeirania e, novamente, o Polo Covid estão completamente lotados.