Abril teve o pior início de mês da pandemia, em Ribeirão Preto, e registou 352 casos positivos de infecção pelo novo coronavírus em apenas quatro dias. É o que apontam os dados oficiais da Secretaria Municipal de Saúde.
De acordo com o levantamento feito pelo Grupo EP, nesta terça-feira (6), o primeiro ápice de contaminações em um período tão curto de tempo havia sido contabilizado em julho do ano passado, quando a primeira onda da covid-19 atingiu seu máximo no interior paulista.
À época, 210 pessoas contraíram a doença. Março de 2021, no entanto, foi ainda mais agressivo e superou – negativamente – as estatísticas: 313 munícipes positivaram para o vírus.
Um ano e um mês após o primeiro caso de coronavírus na cidade, o monitoramento epidemiológico da pasta constata que um novo recorde foi batido entre os dias 1º e 4 de abril deste ano e que a região enfrenta, atualmente, a fase mais preocupante em relação a infecções.
Rodrigo Stabeli, pesquisador da Fiocruz, concorda. Para ele, ainda não há como cravar que Ribeirão Preto já atingiu o plator da covid-19 e não deve apresentar números ainda mais altos.
“Não sabemos se esse foi o pior momento da pandemia e nem se chagamos no pico. Pode ser que continuemos em ascendência, já que, ao olhar a quantidade de infectados e a procura por leitos em qualquer equipamento, a gente percebe um aumento ainda explosivo”, explica.
E completa: “Não sei se atingimos um plator, mas sei que estamos em um momento preocupante em toda a região”.