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CotidianoAutor de tiro fatal não possui documentação para caça, diz delegado

Autor de tiro fatal não possui documentação para caça, diz delegado

Polícia Civil diz que disparo acidental em caçada a javalis matou filho de prefeita de Aramina, na região de Ribeirão Preto; houve alteração no local e autor responderá por homicídio e porte ilegal de arma

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A vítima Maicon Rosin com a mãe Maria Madalena da Silva, prefeita de Aramina (Foto: Divulgação / Redes sociais)

 

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O autor do disparo que matou Maicon César da Silva Rosin, filho da prefeita de Aramina, Maria Magdalena da Silva (PSD), não apresentou a documentação para caça, segundo o delegado de Igarapava, Gabriel Fernando, responsável pela investigação do homicídio.

Conforme o delegado, a vítima estava em uma fazenda de Igarapava com mais três pessoas, quando, durante uma caçada a javalis, foi atingida por um disparo que teria sido acidental, de arma de calibre 12. O crime ocorreu no último sábado (2).

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“A equipe de investigação registrou a presença de uma quarta pessoa ligada à vítima. Porém, não sei por qual razão, ela não se apresentou. Segundo consta, uma dessas pessoas é um policial militar, que é o único envolvido que está com a documentação de caça em dia”, afirmou Fernando. 

Ainda de acordo com o delegado, a vítima estava com a documentação vencida e o autor do disparo possui apenas o Cadastro Técnico Federal para caça de javali, realizado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).  

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Fraude

Durante a investigação, foram apreendidas duas armas de calibre 12, mas o delegado acredita que haja uma terceira arma de fogo no crime.

“A presença dessa terceira arma, também de calibre 12 e que teria sido retirada do local logo após a tragédia, já está evidenciada, dispensando apreensão. Essa conduta de alterar a cena do crime vai dar ensejo a um inquérito sobre fraude processual”, disse.  

O autor do disparo deverá ser indiciado por homicídio culposo (sem intenção) e porte ilegal de arma de fogo. Já os responsáveis por alterar a cena do crime deverão ser autuados por fraude processual.  

“Também será apurada a circunstância de um determinado agente ter emprestado uma dessas armas para os caçadores, o que também é crime”, afirmou o delegado. 

O delegado de Igarapava, Gabriel Fernando (Imagem: Reprodução)

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Ricardo Canaveze
Ricardo Canaveze
É repórter no portal ACidade ON Ribeirão Preto. Formado em Jornalismo pelo UNIFAE em 2003, tem uma experiência em editorias como Cotidiano e Polícia. Já atuou em emissoras de rádio no início da carreira na comunicação, a partir da década de 1990, e em jornais impressos como o A Cidade. Está no Grupo EP desde 2007.
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