Júri Popular do Caso Joaquim, no Fórum de Ribeirão Preto, entra na reta final nesta sexta-feira (20). Pelo cronograma, serão ouvidas as últimas nove testemunhas de defesa e acusação.
Os trabalhos do Júri Popular começaram na última segunda-feira (16). O objetivo é apontar se Guilherme Longo e Natália Ponte, padrasto e mãe do menino Joaquim, são culpados pela morte do garoto.
Testemunhas que serão ouvidas hoje:
- Gustavo Teixeira Cordeiro, perito criminal
- Fernando César Afeto Neres, perito criminal
- Camila Delanesi Guedes, perita criminal
- Maria Luiza Almeida Prado Oliveira e Sousa, perita criminal
- Márcio Henrique Carvalho Grade, perito criminal
- Daniele Maria Zeoti, psicóloga
- Adriana Jorge de Souza, criadora da Associação Pró-Diabético de Ribeirão Preto
- Fabiana Cornachia de Souza, amiga de Natália
- Letícia Santini Nunes, amiga da Natália
Após a oitiva das testemunhas, nesta sexta-feira, estão previstos os interrogatórios de Guilherme e Natália, no sábado (20). A decisão deve sair entre a noite do sábado (20) e a madrugada do domingo (21).
O Caso Joaquim
O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) acusa Guilherme Longo de ter matado o menino Joaquim, que tinha apenas três anos, com uma superdosagem de insulina – a criança tinha diabetes – na casa da família, no Jardim Independência, em Ribeirão Preto.
Após a injeção, o padrasto teria jogado o corpo de Joaquim no córrego Tanquinho, próximo da casa da família, no dia 5 de novembro de 2013. O corpo do menino foi encontrado no rio Pardo, em Barretos, no dia 10 de novembro daquele ano.
Guilherme Longo é acusado de homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
A acusação sobre a ocultação de cadáver foi retirada após acordo com a Justiça da Espanha como uma das condições para extradição. Ele está preso na Penitenciária de Tremembé desde 2018, após ter sido preso na Espanha – havia fugido do Brasil.
Já Natália Ponte responde em liberdade pelos crimes de omissão e homicídio triplamente qualificado. O Ministério Público acredita que a mãe de Joaquim sabia que o então marido era agressivo e oferecia risco ao Joaquim (com Leonardo Santos)
‘Julgamento complexo’
“O processo é bastante complexo. Nós temos mais de 6 mil páginas. O fato ocorreu há 10 anos, então é preciso que o promotor tenha contato novamente com as provas, embora a nossa tese já tenha sido demonstrada várias vezes no sentido da responsabilidade dos dois”, afirma o promotor Marcus Túlio Nicolino, responsável pela acusação.
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