- Publicidade -
CotidianoCaso Luana: ONU aciona o Brasil sobre assassinato em Ribeirão

Caso Luana: ONU aciona o Brasil sobre assassinato em Ribeirão

Réus, policiais são acusados de matar Luana dos Reis após espancamento, em 2016; vítima foi agredida por ser negra e homossexual, diz família

- Publicidade -

Luana foi morta em 2016, na região Oeste de Ribeirão Preto (Imagem: Reprodução / EPTV)

 
A ONU (Organização das Nações Unidas) acionou o governo brasileiro para colher informações sobre a investigação do assassinato de Luana Barbosa dos Reis, em de abril de 2016, em Ribeirão Preto.

- Publicidade -

À época, o caso repercutiu mundialmente depois que a ONU solicitou uma investigação imparcial e com perspectiva de gênero e raça” sobre a morte de Luana.
 
CLIQUE E SAIBA O QUE É NOTÍCIA EM RIBEIRÃO PRETO E REGIÃO

Três policiais militares são acusados de espancar a vítima durante uma abordagem, no Jardim Paiva, zona Oeste da cidade.  

Segundo a defesa da família, a gravidade das lesões acarretou a morte de Luana.

A família disse acreditar que Luana foi espancada por ser negra e homossexual.

Em fevereiro do ano passado, a Justiça determinou que os réus sejam julgados pelo tribunal do júri.  

- Publicidade -

Porém, as defesas recorreram e a data do julgamento ainda não foi agendada.

Reunião da ONU

Um encontro virtual nesta segunda-feira (17) abordou pontos de análise internacional conforme as diretrizes das Nações Unidas.  

Estiveram presentes na reunião a coordenadora do Alto Comissariado da ONU, Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile, o advogado da família de Luana, Daniel Rondi, a irmã da vítima, Roseli dos Reis, e um representante dos direitos humanos,

“A ONU, através da Corte Interamericana, vem relatando o caso em um informe a fim de exigir do Brasil práticas que visem a não haver mais esse tipo de violação dos direitos humanos, do qual o país é signatário”, disse Rondi.

O Itamaraty já prestou as informações solicitadas pela ONU. O conteúdo da apuração, no entanto, é sigiloso.

“A União, através do Itamaraty, já foi questionada deste caso de Ribeirão Preto e já deu ao Alto Comissariado as informações. Elas ainda são sigilosas, mas na reunião nós tratamos da divulgação dessa resposta do governo brasileiro e que está sendo analisada pelo Itamaraty”, completou o advogado.

Abordagem

Conforme o relato da família, Luana dos Reis, de 34 anos, foi abordada pelos PMs quando levava o filho a um curso, na noite de 8 de abril de 2016.   

Ambos estavam em uma moto e foram parados na rua da casa onde ela morava, na zona Oeste de Ribeirão.

Ao pedir a presença de uma policial feminina, a vítima não teria permitido ser revistada, o que teria ocasionado o espancamento.

Em um vídeo registrado após a abordagem, Luana afirmou que ela e a família foram ameaçadas de morte pelos agentes.  

O registro foi feito enquanto a vítima estava sentada na calçada da CPJ (Central de Polícia Judiciária), no Centro da cidade, com ferimentos e hematomas pelo corpo.

Ela morreu cinco dias depois em função de isquemia cerebral e traumatismo craniano-encefálico, conforme o documento do óbito. (Com EPTV)

- Publicidade -
Ricardo Canaveze
Ricardo Canaveze
É repórter no portal ACidade ON Ribeirão Preto. Formado em Jornalismo pelo UNIFAE em 2003, tem uma experiência em editorias como Cotidiano e Polícia. Já atuou em emissoras de rádio no início da carreira na comunicação, a partir da década de 1990, e em jornais impressos como o A Cidade. Está no Grupo EP desde 2007.
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
Notícias Relacionadas
- Publicidade -