O réu Donizete Alfredo Bosco Campos foi condenado, em júri popular nesta sexta-feira (25) a 16 anos de prisão em regime fechado pela morte do estudante Rian Augusto Rosa em Jardinópolis. O julgamento terminou por volta das 15h30, no Fórum da cidade, onde o crime aconteceu.
A vítima tinha 18 anos quando foi agredida na porta de uma escola, no dia 5 de setembro de 2018. O jovem morreu depois de permanecer em estado vegetativo por dez meses, em julho de 2019.
A assistente de acusação, Sandra Pepporini, disse que o resultado foi satisfatório. “Os jurados ficaram cientes da situação em que a vítima passou durante o período que estava internado. Nós preparamos um dossiê para que eles tivessem ideia do quadro clínico do Rian durante os 10 meses de internação”, disse Pepporini.
Já advogado Cassiano Figueiredo, que representa Donizete, disse que vai recorrer da decisão. O rapaz permanece preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pontal (SP), onde já respondia por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e cometido de forma que impossibilitou a defesa da vítima.
Kayê Mendes Pinheiro dos Santos, outro acusado de participação no crime, também deve ser julgado, mas a data ainda não foi definida. Ele responde em liberdade.
Crime
Segundo a investigação, Donizete teria abordado Rian e desferido socos e chutes contra a cabeça da vítima, até que ela perdesse a consciência. A briga, segundo testemunhas , teria sido motivada por ciúme e vingança, pois a vítima teria saído com o ex-namorado do agressor.
O Ministério Público apontou que Kayê já teria tido um envolvimento amoroso com Rian e, no momento do crime, estava esperando Donizete dentro de um veículo para ambos fugirem.
Ele foi preso em novembro de 2018, mas conseguiu a liberdade em dezembro de 2019. Donizete foi detido em janeiro de 2019.