
Desde terça-feira (5), eles cobram ser atendido pelo prefeito Duarte Nogueira (PSDB), no entanto, eles conseguiram conversar apenas com o secretário de Planejamento Edsom Ortega. "Nossa reivindicação é falar com o prefeito. Estamos aguardando na Prefeitura", afirma o técnico de manutenção de celulares Wallace Bedurin, que integra o movimento.
Na conversam que tiveram nesta quarta-feira (6) com Ortega, os moradores da Vila União solicitaram a suspensão da reintegração de posse, que foi autorizada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) no último mês de dezembro. Bedurin quer que o município disponibilize, ao menos, 180 dias para que eles possam se retirar do local.
Segundo a Administração Municipal, a liminar que autoriza a reintegração já foi comunicada para a Polícia Militar, que conversa com os órgãos da Prefeitura a melhor maneira de fazer a retirada das famílias, sem que haja confusão. Atualmente, 146 famílias estão instaladas na favela Vila União.
"Essa causa não viralizou apenas na comunidade da Vila União, como também está espalhando para todos os movimentos de Ribeirão Preto, de várias comunidades e lideranças que estão vindo nos apoiar", afirma o morador. Na noite de quarta, as pessoas que estão no acampamento abordaram o prefeito Duarte Nogueira na saída da Prefeitura, porém, nada ficou definido.
O município ofereceu um abrigo temporário para essas pessoas, porém, as famílias afirmam que é distante do local em que estão instaladas e atrapalharia as crianças que estão matriculadas nas escolas da região em que a comunidade está localizada.
Segundo o Governo, no terreno em que a favela está instalada será construído um empreendimento com três torres, com 572 unidades habitacionais, voltados para atendimento de pessoas com faixa de renda de 1 até 3 salários mínimos, que poderão obter financiamento na faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida.
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