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Investir em renda fixa é emprestar dinheiro para o governo, bancos ou empresas

O primeiro passo é entender que a renda fixa possui uma relação inversa com a taxa de juros do investimento

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Eliseu Hernandez D'Oliveira, líder de gestão de Risco da Oby Capital (Foto: acidade on)
Eliseu Hernandez D’Oliveira, líder de gestão de Risco da Oby Capital (Foto: acidade on)

Embora geralmente chame menos atenção do que o mercado de ações, a abrangência do mercado de renda fixa é três vezes maior. Isso no Brasil e no mundo.

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Investir em renda fixa é emprestar dinheiro. Seja para o governo, seja para bancos ou outras empresas.

Por exemplo, um governo pode precisar financiar um projeto de infraestrutura, um novo hospital ou uma nova escola. Ou uma empresa precisa de fundos além do financiamento de investidores iniciais para expandir seus negócios e alcançar escala. As instituições financeiras também têm necessidades de financiamento e estão entre as maiores emissoras de títulos de renda fixa.

Bancos podem emitir CDBs, LCAs, LCIs, LCs e LFs. O governo emite Tesouro Selic, Tesouro IPCA e Tesouro Prefixado. Empresas em geral podem emitir Debêntures, CRAs e CRIs.

Não se assuste com a sopa de letrinhas, todos esses são títulos utilizados para pegar dinheiro emprestado dos investidores com a promessa de pagamento de uma taxa de juros. Existem outros, mas esses são os principais e os que mais aparecem para o investidor pessoa física.

Acontece que esses títulos de renda fixa passarão a marcar a mercado a partir de janeiro do ano que vem. Isso quer dizer que aquele título que parece o porto seguro dos investimentos financeiros começará a oscilar na posição da carteira muito parecido com ações. Em alguns casos, poderá oscilar até mais e tem pouca gente falando disso.

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Essa regra passa a valer para todas as instituições vinculadas à ANBIMA. Entidade de autorregulação do mercado de capitais. Inclui instituições como bancos, gestoras, corretoras, distribuidoras e administradoras. Se você possui um investimento financeiro em alguma dessas entidades, é bem provável que ela faça parte da ANBIMA.

Algo que muita gente não sabe é que os títulos de renda fixa oscilam, e muito. O primeiro passo é entender que a renda fixa possui uma relação inversa com a taxa de juros do investimento. Quando essa taxa de juros sobe, o preço cai e quando a taxa cai o preço sobe. Isso é importante, pois o mercado financeiro negocia a taxa, mas paga em dinheiro (claro). 

Imagine, por exemplo, que você entrou no site da corretora e viu um título pagando 12% ao ano. Você faz uma “conta de padaria”, pensa na rentabilidade de 1% ao mês sem risco e decide investir. No dia seguinte, entra de novo e vê que o mesmo título agora está sendo negociado a 13% ao ano. Hoje, fica só a sensação de que poderia ter investido melhor, mas como é renda fixa, você tem os 12% garantidos. Isso é verdade só se você levar esse investimento até o vencimento. Caso contrário, pode ocorrer a perda de principal no meio do caminho.

A partir do ano que vem, você vai ver que esse mesmo título de renda fixa em um dia valerá, por exemplo, R$ 1.000,00 e, no outro, R$ 990,00 e no seguinte R$ 1.005,00, podendo ocorrer em grandes perdas mesmo sendo renda fixa.

É o mecanismo de marcação a mercado. Ele já acontece, mas hoje as corretoras, bancos, etc…, escondem isso do investidor. O investimento aparece na tela rendendo os 12% ao ano contratados. Apenas se o investidor decidir cotar quanto está valendo seu papel, é que o verdadeiro preço é mostrado.

Ano que vem, as entidades serão obrigadas a mostrar esse preço por padrão direto na posição do cliente e não apenas no resgate. Entendo que apesar das dores iniciais, essa mudança trará muito mais transparência, pois em outras palavras, o investidor sabe o quanto receberia se vendesse o seu investimento naquele momento, antes do prazo final.

Para compreender melhor, procure em seu buscador preferido na internet, por marcação a mercado na renda fixa. Irá aparecer textos e vídeos explicativos. Outra opção, que prefiro, é conversar com seu assessor de investimento, gerente, ou banker, na instituição que seus investimentos estão custodiados.
 

 

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