Este assunto dá muito pano para manga. As opções que você encontra no mercado financeiro atualmente, são tantas que gera um sentimento de incerteza e dúvidas do tipo: será que fiz a escolha certa?
Antes de trazermos exemplos práticos, quero te mostrar um trilema muito conhecido no mundo dos investimentos. Este conceito básico serve de base para nortear as escolhas dos investimentos e entender o que você pode abrir mão e o que não pode, quando for montar sua estratégia de investimentos:
Neste trilema, o investidor consegue escolher o que é mais importa para ele, se for a Liquidez Alta (deixar o investimento líquido ou seja, disponível para resgatar rapidamente) e Risco baixo, como consequência terá um retorno baixo.
Liquidez Alta + Risco Baixo = Retorno Baixo
Se escolher liquidez baixa (prazo da aplicação travado, resgate precisa ser feito só após cumprir uma certa carência) mesmo optando por um risco baixo, este investidor poderá ter um retorno alto, ou seja, por ter renunciado à liquidez, o tempo ajudará a trazer resultados para os investimentos.
Liquidez Baixa + Risco Baixo = Retorno Alto
Risco alto, traz muitas oscilações e a possibilidade de perder seu capital investido, mas se você escolher a fatia na proporção correta, pode sim ser uma boa alternativa para potencializar seus ganhos, o tamanho certo é muito importante para esse tipo de estratégia. É como um remédio quando é prescrito, a dose é calculada e se o paciente tomar uma dosagem menor que o necessário não vai fazer efeito, ao passo que se for maior pode prejudicá-lo ao invés de curar sua doença.
Liquidez Baixa + Risco Alto = Retorno Alto
Identificar qual a melhor combinação entre risco, retorno e liquidez não é tarefa fácil, precisa se conhecer muito bem, para isso existem algumas perguntas, que o seu assessor de investimentos fará, para poder diagnosticar qual o seu perfil investidor, após construir um portifólio sob medida para você.
– Entenda seu perfil e respeite as suas limitações:
Basicamente existem três perfis de investidores: Os conservadores, moderados e arrojados.
Respeite isso e vá com calma, se você for um investidor conservador, não adianta colocar ativos de muito risco em sua carteira de investimentos, você vai ficar olhando o saldo todos os dias e vai ficar agoniado, o mercado de ações é variável ele sempre vai cair e subir é agitado mesmo, existem várias técnicas para conseguir ganhar dinheiro com estas oscilações, mas você precisa estudá-las muito bem antes de investir.
Muitos investidores sabem que são conservadores e estão satisfeitos com isso, entendem que terão ganhos menores e está tudo bem. A tranquilidade é mais importante para eles.
Um investidor moderado tem boa parte da sua carteira de investimentos posiciona em ativos seguros, títulos públicos, renda fixa com boas garantias e uma parte bem pequena em renda variável na dose certa para que as oscilações de curto prazo não preocupem, sabendo que seu objetivo é de longo prazo.
Os arrojados são investidores mais experientes, que colocam grande parte da sua carteira em renda variável e conseguem segurar o desconforto das oscilações ao longo do caminho, diversificação é o segredo para que consigam minimizar o risco dos seus portifólios.
– Democratização dos Investimentos:
As corretoras de valores mobiliários democratizaram os investimentos trazendo uma gama de opções que anteriormente nos bancos de varejo o investidor geral não teria acesso, Debentures, CRIs, CRAs, Fundos de investimentos de gestoras independentes, Fundos de previdência mais sofisticados, operações estruturadas, Private Equity e muito mais. Essa acessibilidade a produtos com tickets iniciais mais baixos possibilitou uma mudança na maneira de investir dos brasileiros.
– Medo do desconhecido:
Respeite as suas limitações, sempre entenda muito bem onde está investindo, leia busque profissionais especializados para te auxiliar nesta caminhada. À medida que você vai conhecendo o seu perfil e os tipos de investimentos possíveis, ficará mais confortável para investir.