Os casos frequentes de roubos e furtos na região central de Ribeirão Preto estão levando os comerciantes a reforçarem ainda mais a segurança dos estabelecimentos.
O gerente de uma loja de peças e acessórios para motociclistas, Adriano Leal, diz que se sentia mais seguro quando o Centro era monitorado pelas câmeras do projeto ‘Olhos de Águia’.
O local foi alvo recentemente da gangue da marcha ré – bando que usa carros para quebrar a porta e invadir estabelecimentos. O prejuízo passou de R$ 30 mil, sem contas as mini-motos furtadas. Para não correr o risco de novo, eles decidiram instaladas barras de ferros na calçada.
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“A gente fica preso e os ladrões ficam soltos. O ‘Olhos de Águia’ não está funcionamento, infelizmente. Com ação desses bandidos que estavam logo cedo, pela manhã – porque eles são muito ousados, eles não têm horário” desabafa.
Adriano conta ainda que os criminosos estavam em dois carros e que muito provavelmente as câmeras teriam flagrado e inibido a ação. “A gente fica com medo de vir trabalhar, de ser abordado na porta, em casa. Eles esvaziam sua casa e sua loja”, disse.
Programa Guardiões da Cidade
Lançado no ano passado, o programa Guardiões da Cidade que vai substituir o ‘Olhos de Águia’ é uma parceria entre Prefeitura e Polícia Militar (PM). O sistema ainda não entrou em operação na região central de Ribeirão Preto.
O presidente do Sindicato do Comécio Varejista (Sincorvarp), Paulo César Garcia Lopes, afirma que a entidade está acompanhando todo o processo e critica o atraso. Segundo ele, a promessa da Prefeitura é dar início a operação nas vésperas do Natal.
“Quando houve lançamento do programa [Guardiões da Cidade] disseram que seria uma extensão do projeto Olhos de Águia, mas o que aconteceu foi ao contrário. Em função da substituição da tecnologia das câmeras da região área central que estavam obsoletas e precisavam de manutenção, houve investimento da prefeitura para troca de tecnologia – houve embaraço muito grande da ordem administrativa de forma que foram desligadas a maioria das câmeras e hoje estamos aguardando depois de todo esse tempo uma licitação que é
prometida pela prefeitura para ocorrer agora neste mês de novembro e que terá prazo máximo de 20 dias, para interligar os equipamentos na véspera de Natal. É lamentável que tenham deixado uma coisa para última hora”, disse Garcia.
Outro lado
Por meio de nota, a Prefeitura de Ribeirão Preto informou que a Guarda Civil Metropolitana mantém uma base no Centro para garantir a proteção do patrimônio e os equipamentos públicos municipais.
E, declarou que, em relação a ações para coibir práticas criminosas, é de responsabilidade de outros órgãos de segurança pública. Além disso, afirmou que investe em ações para garantir a segurança da população, com a implantação de 102 câmeras, sendo 40 no quadrilátero central.
“Todas as câmeras estarão interligadas em um único sistema tecnológico de segurança, formando o programa Guardiões da Cidade”, afirma.