Os moradores de Batatais, município a 50 quilômetros de Ribeirão Preto, vão poder participar do projeto do Instituto Butantan que utiliza o plasma convalescente no tratamento de pacientes com o novo coronavírus (covid-19).
A técnica visa a utilização do plasma doado por pessoas que já tiveram covid-19 e que tem anticorpos neutralizantes contra a doença.
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Inicialmente, o Instituto Butantan realizaria o projeto, de forma experimental, em Araraquara e Santos, mas incluiu Batatais após pedido da prefeitura da cidade. Segundo o instituto, qualquer município do estado pode participar do programa.
Esses municípios receberão o plasma doado por voluntários em cinco instituições do Estado de São Paulo, entre eles o Hemocentro de Ribeirão Preto.
O objetivo da rede de transfusão é garantir a logística necessária para coletar, distribuir e utilizar o plasma convalescente nos serviços de saúde de todo o estado.
O tratamento
O plasma de convalescente, retirado do sangue de voluntários, contém anticorpos neutralizantes contra o novo coronavírus. Ele é obtido por meio de doação de sangue voluntária de pessoas que já foram contaminadas pelo novo coronavírus e que, portanto, já possuem anticorpos.
Segundo o diretor-presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, o objetivo do tratamento é transferir ao paciente anticorpos de maneira passiva, até que o organismo afetado tenha tempo de reagir e montar a sua resposta imune, como se fosse uma vacina.
As regras para doar o plasma são as mesmas seguidas para doar o sangue: ter boas condições de saúde, ter entre 16 e 69 anos, pesar no mínimo 50 quilos, evitar alimentação gordurosa antes da doação e apresentar documento original com foto.
Contudo, é necessário que o doador já tenha sido diagnosticado com a covid-19 anteriormente, pelo menos, 30 dias antes do ato da doação.