O sindicato que representa os professores da rede estadual de ensino (Apeoesp) e o sindicato municipal dos Servidores de Ribeirão Preto declararam ser contra a proposição do governo de São Paulo e da prefeitura em retomarem as aulas presenciais na rede pública em fevereiro sem que os profissionais da educação e a população sejam vacinados.
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Em dezembro, o governo paulista atualizou o Plano São Paulo, permitindo a retomada das atividades presenciais nas escolas de todo o estado, a partir de 1º de fevereiro, mesmo para regiões que estejam na fase vermelha do plano antes, as escolas só podiam abrir em regiões na fase amarela há, pelo menos, 28 dias.
Para Roberto Toffoli, coordenador da Apeoesp na região de Ribeirão Preto, a categoria é contra o retorno em razão da gravidade da pandemia do novo coronavírus (covid-19). Para ele, as aulas presenciais só devem ser autorizadas com a aplicação da vacina em todos os profissionais da educação.
“Somos contra esse retorno das aulas presenciais nesse momento, em razão da situação grave que está a pandemia”, afirma.
Na rede municipal
Posição parecida é defendida pelo sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, que defende o retorno às escolas apenas com a vacinação em massa da população. A entidade destaca os números da pandemia em Ribeirão Preto, que na última terça-feira (5) registrou nove mortes relacionadas à covid-19.
Para o sindicato, Ribeirão Preto vive a “segunda onda” da pandemia. “Não há indício científico de que o retorno de nossas crianças para as escolas seja seguro para elas ou para os profissionais da Educação, com qualquer que seja o protocolo sanitário adotado”, declara o sindicato.
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Na última terça-feira, a secretaria da Educação de Ribeirão Preto reafirmou o retorno das escolas da rede municipal no dia 8 de fevereiro.
Por meio de nota, a pasta informou que as aulas serão retomadas nos modelos presencial e remoto e que seguirá os protocolos específicos definidos pelo município, que serão apresentados no dia 25 de janeiro.
Plano SP
Com as novas regras do Plano São Paulo, as escolas poderão abrir em qualquer momento da pandemia. Contudo, em regiões na fase Vermelha ou Laranja as escolas da educação básica poderão receber diariamente até 35% dos alunos matriculados.
Já em municípios na fase Amarela, as unidades de ensino estão autorizadas a atender até 70% dos estudantes. Na fase Verde, até 100%.
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