O Lab Móvel, laboratório itinerante do Instituto Butantan começa a funcionar nesta segunda-feira (6) em Ribeirão Preto. Um dos objetivos do serviço é acelerar a testagem dos casos suspeitos de Covid-19 na cidade.
Segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde, divulgado na sexta-feira (3), Ribeirão Preto ainda tem 936 exames represados, ou seja, pacientes apresentaram os sintomas da doença, fizeram os exames, mas ainda não receberam o resultado.
Instalada no calçadão da praça XV de Novembro, a estrutura possibilitará o diagnóstico em 24h, contadas a partir do momento em que as amostras chegam ao contêiner. A capacidade de processamento é de até 3 mil amostras de exames RT-PCR por semana.
Sequenciamento
O Lab Móvel também tem tecnologia para fazer o sequenciamento das amostras e descobrir quais são os tipos de variantes circulando na cidade. Segundo o Butantan, o sequenciamento levará de três a seis dias. Todo o processo entre a testagem de amostras e a análise das variantes dura de dez a 12 dias.
O laboratório itinerante tem três sequenciadores genéticos, extrator de DNA, centrífuga, geladeira e freezer para armazenamento das amostras.
A iniciativa ainda reúne 29 laboratórios que atuam de forma colaborativa e organizada para entregar, em até 72h, os laudos de exames de Covid-19 aos pacientes paulistas.
Será possível ver cientistas trabalhando
O laboratório não receberá amostras direto da população. As amostras serão encaminhadas pelos serviços de saúde de Ribeirão Preto e demais cidades da região.
Os moradores de Ribeirão Preto poderão acompanhar o trabalho dos pesquisadores de perto. Isso porque a estrutura do veículo, de mais de 12 metros de comprimento e quase 3 metros de altura, conta com uma parte de vidro que permite a observação dos procedimentos realizados pelos cientistas e funcionários do Butantan que atuam no projeto.
“Esse contêiner é uma unidade itinerante de alta complexidade para fazer a identificação de grande volume no local em que as variantes estão circulando. É um laboratório de sequenciamento completo”, explica Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.