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Ribeirão PretoCotidianoDefesa de sogra acusada de matar professora contesta denúncia do MP e fala em 'situações fantasiosas'

Defesa de sogra acusada de matar professora contesta denúncia do MP e fala em ‘situações fantasiosas’

Denúncia do Ministério Público foi apresentada à Justiça na última terça-feira (1º); Larissa Rodrigues morreu em março, em Ribeirão Preto

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A defesa de Elizabete Arrabaça, sogra da professora de pilates Larissa Rodrigues, morta em março desde ano, em Ribeirão Preto, informou que a denúncia apresentada pelo MP (Ministério Publico) nesta terça-feira (1º), apresenta “situações fantasiosas”.

A declaração foi dada através de uma nota a imprensa, emitida nesta quarta-feira (2). No texto, os advogados alegam que o documento contém “conjecturas e suposições, sem qualquer respaldo probatório” – veja a nota abaixo.

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Elizabete Arrabaça e o filho, o médico Luiz Antonio Garnica — marido da vítima —, foram denunciados pelo MP por feminicídio com três qualificadoras: envenenamento, motivo torpe e cruel e uso de recursos que dificultaram a defesa da vítima.

Além da denúncia oferecida à Justiça, o MP também solicitou a conversão da prisão temporária dos dois em preventiva. Os dois acusados cumprem prisão temporária.

“Não concordamos ainda com o pedido de conversão da prisão temporária em preventiva, uma vez que não estão presentes os requisitos legais para tal”, informou s advogados da aposentada. A defesa de Luiz Antonio Garnica ainda não se manifestou sobre a denúncia apresentada.

Procurado pela reportagem, o Ministério Público informou que aguarda a análise da Justiça sobre a denúncia.

Crime foi comedido por dificuldades financeiras

A Polícia Civil concluiu, na última sexta-feira (27), a investigação sobre a morte da professora Larissa Rodrigues. Conforme conclusão (e denúncia apresentada) o marido de Larissa, foi o mentor do assassinato, e a sogra a executora.

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O Ministério Público diz que o médico teria planejado o crime por enfrentar dificuldades financeiras e por não aceitar o fim do casamento, já que ele temia a divisão de bens após a esposa descobrir uma traição.

Portanto, Luiz teria procurado a mãe, que também passava por dificuldades financeiras, para cometer o crime.

O interesse inicial era do Luiz, quem arquitetou o plano foi o Luiz. Como os interesses eram convergentes, eles [mãe e filho], acabaram elaborando esse plano […] A Larissa foi sendo envenenada ao longo de dez, 15 dias, em doses menores. Naquela sexta-feira, a Larissa manifestou o desejo de na segunda-feira, procurar um advogado e ali seria o final do relacionamento e a consequente partilha de bens. A Elizabete vai até o apartamento e dá uma nova dose. Presumimos que mais forte, porque a moça veio a morrer de madrugada

promotor Marcus Tulio Nicolino

Elizabete Arrabaça também é investigada pela morte da filha Nathalia Garnica, que morreu no dia 9 de fevereiro, em Pontal, cidade na região de Ribeirão Preto. A Polícia Civil e o Ministério Público começaram a investigar a aposentada, pois, em ambos os casos, ela esteve com as vítimas no dia anterior às mortes.

Exames toxicológicos foram realizados e indicaram a presença de chumbinho tanto no corpo de Nathália quanto de LarissaElizabete e Luiz foram indiciados pelo assassinato da professora, contudo, as investigações sobre a morte da filha ainda não foram concluídas.

Confira a íntegra da nota:

A defesa técnica de Elisabete Eugênio Arrabaça tomou ciência do inteiro teor da denúncia apresentada pelo Ministério Público na tarde desta terça-feira, dia 01/07/2025, a qual imputa à ela o crime descrito no artigo 121-A, “caput”, na forma do § 1º, inciso I (feminicídio, envolvendo violência doméstica ou familiar) e § 2º, inciso V (causa de aumento de pena pelo emprego de veneno, meio cruel e mediante dissimulação e emprego de recurso que dificultou a defesa da ofendida) e § 3º (coautoria), na forma da Lei nº 8.072/90, e art. 29, “caput” (concurso de pessoas_), todos do Código Penal.

Com o devido respeito que esta defesa possui ao Ministério Público, constatamos que grande parte do descrito no corpo da denúncia sequer consta da investigação policial, divergindo, inclusive, do relatório final elaborado pela Polícia Civil. Ou seja, constam ali situações fantasiosas, com meras conjecturas e suposições, sem qualquer respaldo probatório, o que é totalmente vedado pela legislação vigente.

Não concordamos ainda com o pedido de conversão da prisão temporária em preventiva, uma vez que não estão presentes os requisitos legais para tal, como também, a suposta “perversão moral” não é atribuída à nossa cliente, devendo ela responder à acusação em liberdade plena ou, caso não entenda o juízo, seja decretada sua prisão domiciliar, em vista das comprovadas e graves enfermidades que enfrenta à Srª Elisabete Eugênio Arrabaça.

Aguardamos o eventual recebimento da denúncia pela justiça, para os devidos questionamentos em sede judicial, a fim de reestabelecer a verdade dos fatos.

Bruno Corrêa Ribeiro – OAB/SP 236.257 e João Pedro Soares Damasceno – OAB/SP 469.334


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Vítor Neves
Vítor Neves
Graduado em jornalismo pelo Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto, atuou como assessor de imprensa, coordenador de podcast e produtor de conteúdo. Foi estagiário da EPTV, afiliada da TV Globo, e auxiliou em grandes coberturas, como pandemia de Covid-19 e eleições. Repórter do acidade on desde 2023.

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