A defesa do dentista Samir Moussa, 48 anos, acusado de atirar e matar o auditor fiscal, Adriano Willian de Oliveira, de 52 anos, alega que seu cliente estava sob o efeito de medicamentos antidepressivos, quando cometeu o crime na noite do sábado (12), em Franca.
A advogada, Linda Luiza Johnlei Wu, afirma ainda que Samir não confessou o motivo do crime e contradiz a versão dada pela Polícia Militar. Os PM´s que atenderam a ocorrência disseram que Samir alegou ter agido de forma passional, pois a vítima estaria em um relacionamento com a ex-mulher dele.
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“Ele não confessou, ele não disse que foi ciúme. Estava muito transtornado, e eu não sei se na hora os policiais presumiram que foi por ciúme. Uma pessoa pegar uma arma, ir até uma das avenidas mais movimentadas de Franca, a poucos metros de um bar, e dar um tiro? Ele não estava falando coisa com coisa. Ele não resistiu. Ele estava, sim, sob efeito de medicamento”, disse a advogada.
A advogada também disse que Samir era ameaçado e perseguido por Adriano, que não aceitava as tentativas de reconciliação do casal. Porém, segundo a Polícia, Adriano foi quem fez um boletim de ocorrência contra o suspeito por perseguição, no final de 2021.
Preso em flagrante após o crime, Samir teve a prisão preventiva decretada pela Justiça nesta segunda-feira (14). A defesa afirmou que vai recorrer da decisão. O caso é investigado pelo setor de Homicídio da Polícia Civil de Franca.
O caso
O auditor fiscal, Adriano Willian de Oliveira, de 52 anos foi morto a tiros no último sábado (12), na avenida Major Nicácio, em Franca. Segundo o registro da PM, a vítima estava em uma caminhonete quando foi alvejado com tiros na cabeça e no tórax.
Os policiais conseguiram identificar o suspeito do crime com imagens de câmera de segurança, que capturaram a placa do veículo. O dentista informou aos agentes onde havia guardado a arma usada na ação.