Os objetos pessoais das vítimas e parte dos destroços do avião que caiu em Vinhedo, na última sexta-feira (9), serão encaminhados para Ribeirão Preto, cidade sede da Voepass, companhia aérea responsável pela aeronave ATR-72.
De acordo com a empresa, após o processo de limpeza específico, o material ficará armazenado na cidade até que todos os familiares das 62 vítimas sejam indenizados.
No domingo (11), após a finalização do trabalho de retirada dos corpos das vítimas, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) fez a remoção dos motores, cauda e caixas-preta da aeronave.
Com isso, o trabalho de remoção dos objetos deveria ter começado na segunda-feira (12), contudo, foi interrompido após novo material genético ser encontrado no local do acidente. O processo foi retomado no final da manhã desta quarta-feira (14).
Reuniões diárias com familiares
O presidente e co-fundador da Voepass, comandante José Luiz Felício Filho, se manifestou pela primeira vez na noite desta terça-feira (13), após a queda de um avião.
No pronunciamento, José Luiz lamentou o ocorrido e informou que a empresa está garantindo assistência aos familiares das vítimas do voo 2283.
Eu e minha equipe estamos realizando reuniões diárias com os familiares e criamos também um canal de comunicação exclusivo pra que todos tenham acesso de forma correta e transparente e objetiva a qualquer momento
O acidente
O avião que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, saiu de Cascavel-PR, às 11h40 na última sexta-feira (9), e tinha como destino o aeroporto Internacional de Guarulhos. Segundo a empresa, estavam no avião 58 passageiros, além de quatro tripulantes.
Durante coletiva de imprensa, realizada no dia do acidente, a Voepass informou que o avião “estava perfeitamente navegável”, contudo, disse que os aviões modelo ATR-72, são mais sensível à situação de gelo, uma das hipóteses para causa da queda.
O Instituto Médico-Legal (IML) concluiu que as vítimas do acidente morreram de politraumatismo. A aeronave despencou mais de 4 mil metros de altura em apenas um minuto até atingir o solo.
Até o início da tarde desta quarta-feira, o IML identificou que 56 corpos. Desses, 27 foram liberados aos familiares e outros cinco estão em processo de liberação, aguardando a documentação complementar.
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