“Ela era uma pessoa de muita luz. Aonde ela chegava, iluminava todos. Uma pessoa incrível”. É assim que Rubia Silva de Lima, vítima da queda de um avião da Voepass, será lembrada pelo proprietário da escola de aviação em que se formou.
A comissária de bordo morreu após a aeronave da empresa, que tem sede em Ribeirão Preto, cair em Vinhedo, no interior de São Paulo, na última sexta-feira (9). Rubia tinha 41 anos e morava com os pais e dois irmãos, no distrito de Bonfim Paulista.
A mulher sonhava em ser comissária de bordo ingressou na companhia aérea como agente de aeroporto, em 2010. Em julho de 2023 foi promovida e passou a exercer a função que sempre desejou.
De acordo com André Alê, proprietário de uma escola de formação de comissários de bordo em Ribeirão, além de ótima profissional, a Rubia foi uma aluna dedicada e comprometida, que não escondia a paixão pela aviação.
Outras vítimas
O piloto Danilo Santos Romano, de 35 anos, já morou em Ribeirão Preto com a esposa Thalita Machado, que tem família na cidade. O comandante da aeronave modelo ATR-72 foi sepultado no Cemitério da Penha, em São Paulo, na tarde desta segunda-feira (12).
A médica pediatra Sarah Sella Langer, de 35 anos, atuou na rede municipal de Saúde de Ribeirão Preto entre os anos de 2017 e 2021. A pediatra era natural de Cascavel, no Paraná, contudo, fez residência em Alergia e Imunologia Pediátrica pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.
Na rede municipal de Ribeirão Preto atuou em unidades como a UBDS da Vila Virgínia e UBS do Parque Ribeirão.
De acordo com o Governo do Estado de São Paulo, até a manhã desta segunda-feira, 17 corpos haviam sido identificados e oito liberados aos familiares. Outros nove corpos estavam em processo de documentação para a liberação às famílias.
O acidente
O avião que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, saiu de Cascavel-PR, às 11h40 na sexta-feira (9), e tinha como destino o aeroporto Internacional de Guarulhos. Segundo a empresa, estavam no avião 58 passageiros, além de quatro tripulantes.
Durante coletiva de imprensa, realizada no dia do acidente, a Voespass informou que o avião “estava perfeitamente navegável”, contudo, disse que os aviões modelo ATR-72, é mais sensível à situação de gelo, uma das hipóteses para causa da queda.
“O ATR [modelo do avião] tem uma sensibilidade um pouco maior a situação de gelo, ela não está descartada. Como nenhuma hipótese é descartada neste momento”, disse Marcel Moura, diretor de operações Voepass, em coletiva realizada em um hotel na zona Sul de Ribeirão Preto.
O MPT (Ministério Público do Trabalho) informou que abriu um procedimento para investigar a responsabilidade da empresa no acidente aéreo. Vale ressaltar que a companhia foi notificada pela Secretaria Nacional do Consumidor e deverá prestar esclarecimentos sobre o atendimento prestado aos familiares das vítimas.
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