Em Ribeirão Preto, o Latof-USP (Laboratório de Toxicologia Analítica Forense da Universidade de São Paulo) desempenha papel central na confirmação ou descarte de casos de intoxicação por metanol entre pacientes de todo o estado de São Paulo.
Até a última sexta-feira (10), 189 casos foram descartados após análises clínicas, enquanto 25 foram confirmados em todo o estado, de acordo com o Governo de São Paulo.
Na região de Ribeirão Preto, uma morte em Cajuru está sendo investigada por suspeita de intoxicação por metanol, no entanto, nenhum caso foi confirmado até o momento.
O trabalho realizado na instituição inclui desde a coleta das amostras em unidades de saúde até a análise detalhada, garantindo agilidade na identificação de novos casos e segurança na confirmação ou exclusão das suspeitas de intoxicação por bebidas adulteradas – entenda o passo a passo logo abaixo

Como funciona análise laboratorial da USP Ribeirão?
Quando um paciente chega com sintomas compatíveis com intoxicação por metanol (como tontura, dores abdominais intensas e confusão mental), os profissionais coletam amostras de sangue e urina.
➡️ A ingestão de 10 ml da substância pode causar lesões no nervo óptico e, em doses iguais ou superiores a 30 ml, levar a óbito.
De acordo com o professor de Química da USP, Bruno de Martinis, é fundamental que a coleta de amostras nas unidades de saúde seja feita rapidamente, pois o metanol apresenta meia-vida curta, de aproximadamente 24 horas.
Se a amostra for colhida dias depois da ingestão, o metanol já pode ter sido eliminado do organismo. Por isso, a coleta e o congelamento imediato são fundamentais
Uma vez coletadas, essas amostras são enviadas para o laboratório da USP em Ribeirão Preto, onde passam por um processo chamado cromatografia em fase gasosa. Essa técnica separa os compostos presentes no sangue, urina ou até fragmentos de tecidos.
O método utiliza um sistema conhecido como headspace, que analisa apenas a fase de vapor da amostra, o que entrega resultados em até uma hora e com alta precisão.
Procedimento detalhado
É importante destacar que o procedimento é bastante detalhado. O material é colocado em pequenos frascos de vidro lacrados, que são aquecidos e agitados dentro do equipamento.
Com o calor, os compostos voláteis, como etanol e metanol, passam para a fase de vapor, enquanto o restante do líquido ou tecido permanece no fundo do frasco.
Em seguida, o aparelho coleta automaticamente o vapor e o injeta no sistema de análise, sem precisar abrir o frasco. Esse processo evita contaminações e perdas, garantindo resultados precisos e confiáveis.

Segundo Martinis, o tempo total para cada exame leva menos de uma hora.
O preparo da amostra leva cerca de dez minutos, e a análise em si, cerca de 30 a 40 minutos. O equipamento trabalha de forma contínua, uma amostra após a outra, o que permite processar várias análises em sequência
Os resultados laboratoriais estão entre os critérios que permitem confirmar, descartar ou manter sob investigação os casos notificados, conforme explicação do Governo de São Paulo.
Ampolas de álcool etílico
O governo do estado de São Paulo informou que reforçou o estoque de ampolas de álcool etílico absoluto, adicionando 3 mil unidades, totalizando agora 5,5 mil.
Esse medicamento é utilizado como antídoto contra a intoxicação por metanol, e parte das ampolas foi enviada ao Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto no começo do mês de outubro.
*Com ifnormações da Agência SP

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