A Prefeitura de Guariba, município a 55 quilômetros de Ribeirão Preto, suspendeu as aulas em todas as oito creches da cidade após um surto da síndrome mão-pé-boca. Até esta quarta-feira (23), a doença já havia infectado 90 crianças, conforme dados oficiais. Uma força-tarefa, inclusive, chegou a ser montada para a desinfecção das unidades.
VEJA TAMBÉM: Ribeirão abre mais 7 mil vagas para vacinar crianças contra covid
Embora também diagnosticada em adultos, a enfermidade é mais comum na infância, segundo a Biblioteca Virtual em Saúde, projeto ligado ao Governo Federal. Conforme o órgão, ela pode causar estomatites (espécie de afta na mucosa da boca), febre alta e pequenas bolhas – em geral nas palmas das mãos e nas plantas dos pés.
Contudo, as bolhas também podem aparecer nas nádegas e na região genital. A síndrome é causada pelo vírus Coxsackie, que normalmente habita o sistema digestivo.
VEJA OUTROS SINAIS:
– Aparecimento, na boca, amídalas e faringe, de manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas no centro que podem evoluir para ulcerações;
– Mal-estar, falta de apetite, vômitos e diarreia;
– Dor de garganta;
– Dificuldade para engolir e muita salivação.
Fonte: Biblioteca Virtual em Saúde
Transmissão
Ainda de acordo com a Biblioteca Virtual, o vírus é altamente transmissível. O contágio pode ocorrer das seguintes formas: via fecal/oral, saliva e outras secreções ou por meio de alimentos e objetos contaminados. “Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas”, informou o projeto.
Há tratamento?
Ainda não existe vacina contra a doença mão-pé-boca. Como ocorre com outras infecções por vírus, ela costuma regredir de forma espontânea após alguns dias. Em geral, tratam-se apenas os sintomas. “Medicamentos antivirais ficam reservados para os casos mais graves. O ideal é que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta”, explicou o órgão.
Importante: Apenas médicos e cirurgiões-dentistas habilitados podem diagnosticar a doença, bem como receitar remédios. Por isso, procure um profissional especializado.