O responsável pela escola de bombeiros civis que promovia um curso em uma gruta de Altinópolis afirmou, nesta sexta-feira (5), que a parte estrutural da caverna não foi alterada pela equipe e que houve vistoria antes. Nove vítimas morreram no local, após o desabamento de parte do teto, no último domingo (31), em Altinópolis.
“Acidente é da natureza, é inexplicável, foi uma fatalidade. A única prova que a gente tem é que não mexemos em nenhuma parte da estrutura. Os sobreviventes vão falar que a gente chegou ao local, ele [Celso Galina Junior, instrutor vítima fatal] fez a vistoria de novo, pois era capacitado para isso, pois havia feito uma semana antes e, no sábado, teve o treinamento por outra empresa. Agora, é aguardar a perícia para ver o que eles falam”, declarou Sebastião Abreu às equipes de imprensa, antes de prestar depoimento à Polícia Civil, nesta manhã.
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Em relação à chuva que atingiu a região da gruta antes do desabamento, Abreu disse que prefere aguardar o resultado da perícia para saber se houve relação com a causa.
Ele e 11 sobreviventes estão na delegacia do município para serem ouvidos pelo delegado Rodrigo Salvino Pato. O caso foi registrado como como homicídio e lesão corporal culposos (sem intenção).
O advogado da empresa Real Life, Wesley Felipe Martins dos Santos Rodrigues, disse que Abreu não era o responsável pela escola em Batatais.
“Ela tinha uma parceria com o Celso [Galina Junior, instrutor], que foi aluno dele. O Celso explorava a logomarca por meio de uma parceria e divida os lucros com o Sebastião. Então, a administração da empresa passava por ele”, disse.
O advogado também afirmou que aguarda informações do celular que pertencia a Celso para dar prosseguimento ao seguro de vida das vítimas. (Com CBN Ribeirão)